Toma lá, dá cá
Horas antes do início da cúpula mundial das Nações Unidas sobre a Sociedade da Informação, na Tunísia, um acordo de cavalheiros colocou um ponto final nas discussões sobre o poderio americano na internet. O Brasil recebeu o apoio da União Européia e da própria Organização das Nações Unidas (ONU) ao defender a administração multilateral, internacional e transparente da rede mundial de computadores. Entre outras coisas, a idéia é minimizar a autoridade do Departamento de Comércio dos EUA sobre a gestão de nomes de domínios da internet. A disputa polêmica ficou para o futuro. No toma lá, dá cá das negociações, porém, chegou-se a um acordo para criar um fórum mundial de combate aos e-mails indesejados (spams), aos vírus e a outras pragas digitais. Sem contar o compromisso de traçar metas concretas para reduzir o fosso digital que separa os países ricos dos pobres.

As espertinhas
Pesquisadores da Universidade de Suxxex, na
Inglaterra, mataram a curiosidade de muita gente
ao descobrir que os olhos e o estômago da formiga definem para onde ela vai. Em uma pista de teste,
os cientistas traçaram dois caminhos: um para a
busca de alimentos e outro para retornar para “casa”. Pingos de açúcar e uma parede preta foram as orientações para direcionar as formigas. Para saber o caminho de volta, elas  recorreram à “lembrança” visual da parede, que ficava na metade do trajeto. Quando estavam com fome, as formigas seguiam a trilha em busca de comida. Se estivesse de estômago cheio, seu instinto as guiava direto para o formigueiro.

Raro sabor
Uma das iguarias mais preciosas do mundo, o caviar pode estar com os dias contados. Na semana passada, os americanos proibiram as importações do caviar mais raro – o beluga – na esperança de reverter esse quadro. No Mar Cáspio, a pesca ilegal das ovas de esturjões selvagens ameaça a espécie de extinção. A cada ano, há uma redução de 20% a 30% nos estoques do peixe, que pode sumir do planeta em 15 anos.

Glamour e prazer
A fabricante suíça Pat Says Now criou uma série de mouses com design divertido para quem trabalha o dia todo no escritório. É o caso do Glamrock, decorado com 33 cristais Swarovski, que custa R$ 210. Para os gastrônomos de plantão, o Chilli é um ratinho no formato da pimenta mexicana, que sai por R$ 95. No picante embalo e com o mesmo preço, o Body imita um espartilho para agradar aos mais saidinhos.
 
 
Alerta máximo

Em tempos de gripe aviária e tantas outras moléstias que assolam o planeta, fica cada vez mais evidente o risco de se comprar um animal silvestre ilegalmente. O tráfico de animais torna-se uma questão de extrema importância numa análise mais cuidadosa sobre os riscos iminentes à saúde humana.

Um abalo no sistema econômico do País e, conseqüentemente, seu resultado no campo social, também devem ser levados em conta, uma vez que não só os humanos estão expostos a doenças emergentes. O agronegócio ocupa considerável papel em nossa base econômica e qualquer contaminação dos rebanhos pode trazer grandes prejuízos à cadeia produtiva nacional.

A conscientização da sociedade sobre os perigos que ela corre ao fomentar o tráfico de animais silvestres torna-se imprescindível e imediata neste momento. É preciso informar que cada animal silvestre retirado ilegalmente da natureza e trazido para o convívio humano aumenta significativamente os riscos de transmissão de doenças, o que pode, inclusive, acarretar danos à saúde pública.

O traficante de animais silvestres hoje não é apenas um degradador da
natureza. Ele tornou-se também um disseminador de pestes, um verdadeiro “cavaleiro do Apocalipse”.

Dener Giovanini
Ambientalista e coordenador-geral da Rede de Combate
ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas)