PMDB comemora briga do PFL com o PSDB
Nas últimas semanas, o líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima, só armou encrenca. Contra o governo, posou de oposicionista. Articulou o aumento do salário mínimo para R$ 200, votou pela atualização do limite de isenção do Imposto de Renda e contra a flexibilização das leis trabalhistas, chamou de talibã o secretário-geral da Presidência, Arthur Virgílio, e de “Mulá do liberalismo” o ministro da Fazenda, Pedro Malan. No front interno do partido, trabalhou pelo adiamento das prévias e por outras pequenas armadilhas contra Itamar Franco. Agora Geddel acha que chegou a hora de o partido esperar pelo que vai acontecer no cenário político. Se Itamar, Pedro Simon ou qualquer outro emplacar, tudo bem, o PMDB ganha chances de disputar o poder. Se não, tudo bem também. O partido tanto pode embarcar na candidatura do tucano José Serra como na da pefelista Roseana Sarney. “Veja só que coisa curiosa. Caiu no colo do PMDB uma conjuntura na qual ficamos à vontade para qualquer lado que seguirmos”, comemora Geddel.

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Desastre de avião
Vôo Recife–Brasília lotado de parlamentares. Cruzam-se dois desafetos, Ricardo Fiuza (PPB-PE) e o líder do PFL, Inocêncio de Oliveira (PE). Sem ter como desviar o olhar, Fiuza cumprimenta Inocêncio: “Bom dia.” O líder, um sertanejo de Serra Talhada, não titubeia: “Bom dia, nada. Você fala mal de mim lá fora, então não me cumprimente. Sou homem tanto lá como cá.” “Mas continua mal-educado”, responde Fiuza, antes de a turma do deixa-disso evitar o pior…

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Bancada do desespero
Os assaltantes do BRB (Banco Regional de Brasília) não levaram apenas as jóias da família Kubitschek guardadas no cofre do deputado Paulo Octavio (PFL-DF). O assalto, no final de outubro, também deixou desesperado o vice-líder do governo no Senado, Romero Jucá (PSDB-RR), com pertences guardados em outro dos cofres arrombados. Descobriu-se que também um delegado da PF tinha cofre alugado no banco.

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Cerco a Tasso
Dizia-se, no Ceará, que o senador Sérgio Machado estava quase desistindo de sua candidatura a governador pelo PMDB. Mas o presidente Fernando Henrique resolveu dar uma mãozinha. Via Sérgio Machado, o governo federal decidiu ajudar o prefeito peemedebista Juraci Magalhães, que detém votos suficientes para impulsionar a candidatura do senador. Quem ficou tiririca foi o governador tucano Tasso Jereissati.

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Premiado
Vai muito bem o sr. Etelmar Antônio Brandão Loureiro, citado pela Polícia Federal como lobista envolvido na venda de títulos fantasmas do Caso Guskow. Ele está ocupando a diretoria de operações do Banco do Estado do Maranhão, que foi federalizado e está prestes a ser vendido.

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Rápidas

Aliados de Roseana acham que a apresentadora Xuxa vai apoiar a candidatura da governadora a presidente. O caminho é a empresária maranhense Marlene Matos.

O presidente da Câmara, Aécio Neves, jura que não é candidato a presidente da República. Mas a turma de Serra se pergunta: então por que Aécio viaja tanto pelo Brasil?

Presidente do PSDB, o deputado José Aníbal (SP) tem mandado emissários ao PFL de São Paulo. Quer saber se os pefelistas o aceitariam como candidato a governador.