Confira, em vídeo, como foi a cerimônia:

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EMPRESA DO ANO
Caco Alzugaray, acompanhado do editor Domingo Alzugaray e do vice-presidente
da República, Michel Temer, entrega o prêmio a Cledorvino Belini, presidente
da Fiat (com o troféu). A cerimônia reuniu cerca de mil convidados em São Paulo

O clima de pânico que tomou conta do mercado financeiro mundial nas últimas semanas ainda não encontrou eco entre os empresários brasileiros. A avaliação entre os executivos das maiores empresas instaladas no Brasil é de que o País aprendeu com a crise de 2008 e saiu ainda mais fortalecido para enfrentar a atual conjuntura. O discurso otimista foi unânime entre os presentes na cerimônia de entrega da oitava edição do prêmio “As Melhores da Dinheiro”, que reuniu cerca de mil empresários e lideranças políticas no Terraço Daslu, em São Paulo, na noite da quinta-feira 11. “Temos todo o know-how para enfrentar qualquer perspectiva de crise de natureza financeira”, afirmou o vice-presidente da República, Michel Temer. Para o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, o País conseguiu criar um arsenal de armas para se defender em caso de agravamento das turbulências nos Estados Unidos e na Europa. “O Brasil adotou uma política ampla para trazer a inflação de volta ao controle e nós nos preparamos para o agravamento da crise”, disse ele durante a premiação. No discurso na abertura do evento, Caco Alzugaray, presidente-executivo da Editora Três, reforçou o sentimento de otimismo: “Nesse período, nosso empresariado se aperfeiçoou. Saímos vitoriosos.” Em uma mensagem aos empresários, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que não há motivos para preocupação. “Qualquer que seja o tamanho da turbulência, temos hoje melhores condições do que em 2008 para enfrentar esses problemas.”

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"O Brasil adotou uma política ampla para trazer a inflação de volta
ao controle e nós nos preparamos para o agravamento da crise"

Alexandre Tombini, presidente do Banco Central

O clima de confiança que o governo tenta imprimir nesses dias que se seguem ao rebaixamento da confiança dos Estados Unidos tem encontrado boa aceitação entre o empresariado, principalmente pelo fato de as companhias brasileiras estarem atingindo resultados recorde pouco mais de dois anos após a maior crise financeira da história recente. Juntas, as 500 empresas listadas por “As Melhores da Dinheiro”, que correspondem a 75% do Produto Interno Bruto (PIB), tiveram receita líquida de R$ 2,7 trilhões no ano passado. Isso representa um crescimento de 18,9% sobre 2009 – ritmo mais de duas vezes superior ao da expansão do PIB. O número de companhias que faturam acima de R$ 1 bilhão subiu de 412 para 470 no período, sendo que 52 delas tiveram resultado superior a R$ 10 bilhões. Em contrapartida, as empresas com faturamento entre R$ 5 bilhões e R$ 10 bilhões registraram maior crescimento, 23,27%, em média. A classificação, coordenada pela KPMG e pela Trevisan Escola de Negócios, foi montada a partir de dados sigilosos cedidos pelas empresas.

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Eleita Empresa do Ano e dona de 22,8% do mercado automobilístico, a Fiat faturou R$ 20,7 bilhões e lucrou R$ 1,6 bilhão em 2010. A produção diária de 3,2 mil veículos transformou a unidade brasileira na maior do grupo em volume de produção. Cledorvino Belini, presidente da montadora no Brasil, destacou o papel dos investidores: “Nossos acionistas continuam confiando na estabilidade econômica e no futuro de nosso país.” Premiada na categoria sustentabilidade financeira, a Odebrecht viu suas operações locais crescer para 45% do faturamento do grupo no ano passado. Para efeito de comparação, em 2007, as atividades internas correspondiam a 35%. Jayme Fonseca, principal executivo financeiro da empresa, afirmou que o agravamento da crise na Europa e nos Estados Unidos não provocou a revisão de seus planos de investimento nem a dos planos de seus clientes. Alessandro Carlucci, diretor-presidente da Natura, concorda, mas ressalva: “O que nós revimos foram nossas expectativas de crescimento para o ano.”

Estiveram presentes também os ministros da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e da Comunicação Social, Helena Chagas, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, os presidentes do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, e do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, entre outros líderes das principais companhias brasileiras. 

 

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