05/08/2011 - 21:00
“Imploro que riam de mim.” O ator, despido de luz, som, imagem, figurino ou frases feitas – nu, enfim, para uma sociedade que se apoia em tantos recursos materiais e falsos padrões moralistas –, chega ao limite da humilhação para distrair da dor e do tédio emocional o espectador que busca alívio para sua vida sem sentido. Mas será essa a função da arte? O limite que a separa do mero entretenimento é o motivo da cólera do ator sem nome e sem história interpretado por Caco Ciocler em “45 Minutos”, monólogo de sucesso no Rio de Janeiro e que está em cartaz no Centro Cultural São Paulo até o domingo 14. Apesar de soar como discussão já superada, o tema ganha dinamismo em uma peça com o tempo exato para prender a atenção do público. O texto é de Marcelo Pedreira e a direção de Roberto Alvim.
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IMPERADOR E GALILEU
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