Assista ao trailer :

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Quando o primeiro número da história em quadrinhos do Capitão América chegou ao público americano em março de 1941, não foi o fino acabamento da encadernação, as cores vibrantes da capa e o preço de dez centavos que chamaram a atenção de quem testemunhava a estreia do super-herói com vestimentas ostentando a bandeira dos EUA. Saltava aos olhos, sim, a imagem exibida na capa, na qual ele dá um soco no mais odiado inimigo da época: nada menos que o ditador nazista Adolf Hitler.

Era o auge da Segunda Guerra Mundial e enquanto os conflitos ecoavam no mundo a indústria de quadrinhos se aproveitava lançando heróis e vilões que travavam batalhas épicas entre o bem e o mal. Lançado pela Marvel Comics, Capitão América se tornou o mais famoso entre eles, mas o mesmo ufanismo que o tornou popular o levou ao esquecimento após a queda do nazismo.

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AÇÃO NAS RUAS
Peggy Carter, a namorada de Steve Rogers, vai atrás do
assassino do Dr. Abraham, criador do Capitão América

Daqueles tempos para hoje foram exatamente 70 anos, período que o personagem criado por Jack Kirby e Joe Simon levou para ganhar vida nos cinemas. “Capitão América: O Primeiro Vingador” estreia na sexta-feira 29 e conta como o magrelo e desajeitado recruta Steve Rogers transformou-se no musculoso protetor da nação. Na história, Rogers surge para servir de cobaia no “projeto supersoldado”, que prometia criar agentes fortes e ágeis a partir de injeções de um soro especial e de radiação. Já na vida real o ator Chris Evans, que interpreta o Capitão na montagem dirigida por Joe Johnston (“Querida, Encolhi as Crianças” e “Jurassic Park III”), passou pelo desafio de ir ao extremo da magreza e depois ganhar massa muscular em um curto período. Evans adquiriu músculos, mas sua fase franzina não agradou aos produtores. O que se vê nas telas é efeito computadorizado, o chamado CGI, sigla para Computer-Generated Imagery. Em outras palavras, o corpo magro do jovem Steve Rogers “pré-Capitão América” não é de Chris Evans, mas sim de outro ator. “Não tínhamos tempo para fazer Chris Evans perder 50 quilos, ou seja lá o que Tom Hanks fez em ‘O Náufrago’, então optamos por computação gráfica. Colocamos a cabeça de Chris no corpo de outro intérprete. Deu muito trabalho, pois não se trata de simplesmente recortar daqui e colar ali”, explicou o diretor em uma recente entrevista sobre o filme.

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SOCO FAMOSO
Logo em sua primeira história, em plena Segunda
Guerra Mundial,  o herói esmurrava Adolf Hitler

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O efeito é imperceptível para o espectador, que pode conferir o longa-metragem também em 3D. Na saga – com custo estimado de US$ 140 milhões – Dr. Abraham Erskine (Stanley Tucci), o cientista que criou o Capitão América, é morto por um dos soldados de Hitler, transformando Rogers em único combatente da espécie. Já o tão famoso soco no ditador nazista nas telas só acontece quando América ainda é usado pelo Exército como uma espécie de Tio Sam que faz shows para atrair jovens ao alistamento.

Leva um tempo para o Coronel Chester Phillips (Tommy Lee Jones) perceber seu potencial de batalha. Quando o faz, Capitão América já está cara a cara com seu inimigo, o Caveira Vermelha (Hugo Weaving), velho conhecido de quem acompanha nos quadrinhos o super-herói americano. Treinado pessoalmente por Hitler, o vilão planeja conquistar o mundo com uma arma que desintegra as pessoas, até encontrar pela frente o famoso escudo feito com os “metais” adamantium e vibranium e trazendo uma estrela no centro.

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VILÕES
Os asseclas de Caveira Vermelha em ação: planos de conquistar o mundo

Para o diretor, mais do que os efeitos visuais e as cenas de ação, o que diferencia seu filme dos outros do gênero é a performance do protagonista: “O desempenho de Chris Evans é interessante de ver, o jeito como ele se entrega, se movimenta. Ele faz você acreditar que é um super-herói.” Como aconteceu há exatos 70 anos, novamente o Capitão América chama a atenção não pela embalagem, mas por suas atitudes.  

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