A origem do nome ainda é desconhecida, mas o que era apenas um pedaço de massa achatado com algum recheio em cima se transformou em um dos pratos mais tradicionais e apreciados em todo o mundo. A trajetória da pizza, essa deliciosa mistura de trigo, fermento, azeite e sal é curiosa. Antes de surgirem as primeiras cantinas e pizzarias, era vendida e consumida no meio das ruas de Nápoles e apenas no século XIV ganhou o formato arredondado. No Brasil, só começou a ser consumida no começo do século XX, com a chegada dos imigrantes italianos. Os detalhes dessa história podem ser conferidos no livro Bráz Pizza Paulistana (Ed. DBA, R$ 59), do jornalista e crítico gastronômico Saul Galvão, lançado no início do mês em São Paulo. “Foi um trabalho que envolveu muita pesquisa em jornais e livros. Também visitei velhos redutos italianos no bairro do Brás”, conta Galvão.

No livro, o autor dividiu a história da pizza em três etapas. A primeira foi a das pizzas “brancas”, feitas sem molho. Depois, a das rosse, quando foi incorporado o tomate. Por fim, a das modernas, que surgiram após a Segunda Guerra Mundial, quando a massa conquistou definitivamente a Itália e o mundo. Idealizada pelos sócios Edgard Costa, Ricardo Garrido, Sérgio Camargo, Fernando Grinberg e Márcio Gorski, que há cinco anos fundaram a famosa pizzaria Bráz Pizza Paulistana, a obra relata ainda os 100 anos de pizza em São Paulo e a importância dessa massa napolitana que foi definitivamente incorporada ao cardápio brasileiro.