12/07/2011 - 12:15
No final de semana passado me aconteceu algo muito curioso: fui cercado pela morte.
Mas não do jeito que vemos em filme, com capa e foice. A morte se mostrou de uma forma muito diferente: nada menos que cinco pessoas conhecidas ou próximas faleceram entre sexta e sábado.
Quando me dei conta disso no domingo, a primeira sensação que me veio foi de tristeza.
Afinal, se iam bons amigos, pais e parentes de amigos e conhecidos. Farão falta na vida de muita gente, e algumas pessoas certamente irão demorar anos para ser recuperar da perda.
Refleti sobre isso na busca de um significado de tal coincidência e, de imediato, não encontrei.
Hoje cedo, enquanto fazia minha leitura diária, achei um texto de Sêneca que dizia “A fortuna que tira é a mesma que dá. Se alguém perto de você parte, é um sinal que era o tempo dela ir, e o seu de ficar. Não seja ingrato com a fortuna que tem. Celebre a vida”.
Isso me lembrou os rituais Polinésios de passagem, aonde a o falecimento de alguém é celebrado como uma grande festa, lembrando os bons momentos, agradecendo a oportunidade de ter vivido com aquela pessoa e de estar vivo.
No mundo ocidental, em grande parte por nossas crenças religiosas, no falecimento de uma pessoa celebramos (como na missa de sétimo dia), a morte. Nos apegamos ao fato da pessoa não estar mais aqui, da falta que nos faz e lamentamos o fim da vida dela.
Acredito que devemos respeitar e honrar a morte das pessoas. Mas acredito mais ainda que a morte é um sinal que devemos celebrar a vida.
Não estou falando em ser Polianna, ignorando a perda de quem se foi.
Mas o fato é que, um dia, todos nós partiremos deste mundo. A morte nos ajuda a lembrar isso. Mas cabe a você interpretar da forma que entender. Isso pode ser um sinal do fim.. ou de um novo começo.
Viva cada dia como se fosse o último, pois em algum momento será.
Afinal, a gente só leva desta vida a vida que a gente leva.