07/07/2011 - 12:06
Senador Álvaro Dias (PSDB-PR):
“É o fundo do poço, o que revela a reportagem da ISTOÉ. É a conseqüência do modelo de loteamento dos ministérios. O ministro se acha dono do pedaço e se sente mais devedor do partido do que da sociedade. A presidente Dilma não é responsável. Mas o modelo compromete a eficiência da gestão e a probidade.”
Presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP):
"É uma coisa impressionante a degradação moral no País. E o governo tem seis meses. Quando o mensalão começou a derrubar ministros do Lula, o governo já tinha dois anos. Usando a linguagem de Lula: nunca na história desse país houve tanta bandalheira na República. A começar do governo federal. É raro dia que não tem um escândalo. E quem manda, quem indica não é a presidência da República, mas o partido. A sociedade brasileira tem que reagir. Se tem gravação de voz, uma denúncia oral ou um testemunho, as pessoas não se indignam tanto quanto antes. Só a imagem choca. E vocês da ISTOÉ trouxeram a imagem. Antes a presidente confiava no ministro. Foi preciso a imagem para clarear os fatos. Vamos ver se essa Casa (Câmara) haja contra o sr. Alfredo, sr. Valdemar e o Davi."
Valdir Raupp, presidente interino do PMDB:
"As denúncias apresentadas pela ISTOÉ precisam ser apuradas. Só esperamos que, com a demissão do ministro Alfredo Nascimento, as ações do ministério dos Transportes não sejam paralisadas. As obras de restauração das rodovias, por exemplo, não podem parar."
Senador Pedro Simon (PMDB-RS):
"Esse vídeo é um escândalo. É um absurdo que um ministro ofereça algum tipo de vantagem financeira, utilizando a máquina pública, para convencer parlamentares a migrarem para seu partido. A Comissão de Ètica do Senado terá que julgá-lo. O procurador-geral também tem a obrigação de apresentar a denúncia contra ele para que o Supremo possa analisar o caso. E pensar que ele ainda quer influenciar na escolha do sucessor… A Dilma não pode permitir isso. Já basta que Lula impôs esse sujeito à sucessora, mesmo depois de 8 anos fazendo esse tipo de coisa."
Líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA):
"É o quarto ministro desde governo que cai em um mês. Isso mostra que a Dilma não soube montar bem o seu primeiro escalão. E não podemos achar que a queda do ministro resolve o assunto. As denúncias são graves e esperamos que o Ministério Público dê seguimento às representações apresentadas pelo DEM e PSDB no sentido de investigar o caso."
Senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE):
"Afastar é pouco, tem que demitir – do ministro a qualquer servidor envolvido". O senador Jarbas Vasconcelos pretende ainda cobrar do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a justificativa de não ter instalado ainda uma CPI para investigar o DNIT. O pedido foi protocolado no início do ano passado e atende, segundo Jarbas, aos pré-requisitos regimentais. "O Sarney tem que se explicar. Ele tem que dizer por que não abriu a CPI. Aqui no Senado as coisas só andam se o Sarney deixar."
Líder do PSOL na Câmara, deputado Chico Alencar (RJ):
"O vídeo trazido pela ISTOÉ revela prática clientelista da mais abjeta e rasteira. Além da compra de mandato. A gente percebe o deputado David Alves sempre buscando o avala do Valdemar Costa Neto, o que comprova que ele é o grande patrono dessas articulações. Vamos requerer o vídeo para avaliar a possibilidade de acionar o deputado David Alves (PR-MA) no Conselho de Ética da Câmara."
Senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP):
“Muito grave a denúncia da ISTOÉ. Só consubstancia mais a representação que vamos fazer hoje no Conselho de Ética. Ele terá espaço para defesa. Mas o crescimento das denúncias aponta para um poderoso esquema de desvio de verbas públicas. O vídeo da ISTOÉ é o indício mais forte de que se construiu um conluio no ministério dos Transportes.”
Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM):
“Eu acho que as denúncias têm um indicativo que mostram que é um problema sério. Cabe agora aprofundar as investigações. Somos do mesmo estado e compomos a base do governo. No entanto, fomos adversários políticos nas últimas eleições. Então, qualquer coisa que eu fale agora pode parecer represália. Mas não podemos passar a mão na cabeça. E o futuro dele vai depender das investigações.”
Senador Pedro Taques (PDT-MT):
“Esse vídeo da ISTOÉ mostra a dominação do aparelhamento do Estado. É uma vergonha vincular a liberação de emendas à entrada de parlamentar em partido. O vídeo só mostra que temos que pensar em outra lógica para a liberação de emendas. Todos os grandes escândalos envolvem emendas. Tivemos os anões do orçamento, mensalão, vampiros, sanguessuga. O parlamentar tem que fiscalizar a aplicação dos recursos para moralizar a política brasileira”
Senador Demóstenes Torres (DEM-GO):
"A divulgação desse vídeo forçou a demissão do ministro Alfredo Nascimento. Agora, nós vamos usá-lo para representar contra ele na PGR e o PSOL vai fazer o mesmo no Conselho de Ética do Senado. Esse tipo de ocorrência mostra a necessidade de termos uma lei de combate à corrupção mais rigorosa, com penas mais fortes e o bloqueio dos bens de quem comete o crime. O problema é que não há vontade política para aprovar isso na Câmara"
Senador Rodrigo Rollemberg (PSB/DF)
“A gravação revelada pela revista Isto é mostra que já passou da hora de superarmos os velhos métodos de fazer política”