O ano doido de 2001 insiste em não acabar. Depois de tempestades, inundações e rebeliões, a morte trágica de Cássia Eller deu a trilha sonora para um momento de interrogação geral. Vítima de seu próprio veneno antimonotonia, a cantora, que tantos tabus quebrou em 39 anos de vida, inaugura 2002 com polêmica, mistério e a promessa de uma guerra familiar. A entrevista do sargento reformado Altair Eller, pai de Cássia, admitindo que vai disputar a tutela do agitado Chicão – que já passou por demasiados dramas para os seus oito anos –, expõe a alma humana e é mais um furo de reportagem de ISTOÉ. Amaury Ribeiro Jr. e Weiller Diniz, recém-chegados à sucursal de Brasília, provam que para fazer bom jornalismo a receita é persistência, talento e sorte.

Esta edição traz também uma série de artigos – do presidente Fernando Henrique ao presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva, passando por Tostão, Lobão, Miguel Paiva, Paulo Sérgio Pinheiro e vários outros – e textos com as perspectivas para o ano que começa: quem terá o apoio das elites brasileiras nas eleições, as excentricidades da Copa do outro lado do mundo, os rumos da economia, as novidades da ciência. E prepare-se. Se as previsões do médium Robério de Ogum, da astróloga Cláudia Lisboa, da numeróloga Aparecida Liberato e do tarólogo Nei Naiff estiverem certas, as doidices de 2001 vão se intensificar.

Mas como por aqui tudo acaba em samba, uma reportagem de Chico Silva, da editoria de Comportamento, tenta explicar o bom humor do brasileiro e mostra que neste ano teremos muitos motivos para fazer piada. Como diz Bussunda: “Assunto não vai faltar. Eu já estou torcendo pelo crescimento do Itamar Franco.”