Essa história vai dar muito pano pra manga pra Mangueira. Rainha de bateria é coisa séria. Destronar a rainha e no lugar dela coroar a princesa na quadra, e isso tudo com a rainha ausente, é muito grave. Mais grave ainda é se todo esse enredo mangueirense envolver o tráfico. Esse é o clima que a Estação Primeira está vivendo no Rio de Janeiro. A rainha deposta é Tânia Bisteka. A princesa promovida é Claudiene Esteves. O traficante chama-se Francisco de Paula Testa. Está preso, mas é quem comanda o tráfico de drogas na região.

Bisteka teria sido aclamada rainha por ordem de Testa. Só que a mulher dele, por ciúme, mandou derrubá-la. O presidente da bateria, Robson Roque, disse a ISTOÉ que “os traficantes não mandam no samba”. Segundo ele, Bisteka caiu porque não ensaiava. O que dá pano pra manga é que ela perdeu o posto no sábado 26, duas semanas após ser aclamada. Teria faltado apenas a quatro ensaios de quadra: dois sábados e duas quartas-feiras. Se já faltava antes disso, por que deixaram que fosse eleita?

ISTOÉ – E se a Bisteka quiser desfilar?
Robson – Acho que a comunidade a perdoa. A pior coisa é um mangueirense ser excluído da escola.