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 Produto usado na fabricação de mamadeiras e latas de alimentos e bebidas atrapalhou o comportamento sexual de roedores, segundo pesquisa publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences. Estudos anteriores já diziam que a substância Bisfenol-A (BPA), usada para dar maleabilidade ao plástico, pode causar problemas no aparelho reprodutor e aumentar a hiperatividade. 

Agora, os cientistas descobriram que o comportamento sexual masculino seria inibido pela substância, que "imita" o efeito do hormônio feminino estrogênio e é liberada no alimento quando o plástico é aquecido. 

No estudo, fêmeas do roedor consumiram BPA na gestação e na amamentação. Os filhotes delas não conseguiam sair de um labirinto, o que outros machos fazem com facilidade. A proporção da substância não ultrapassava os níveis considerados seguros para humanos estipulados pela FDA, a autoridade sanitária americana: 50 miligramas por quilo de alimento. 

Segundo os pesquisadores, a dificuldade espacial é um sintoma de "feminilização", já que os machos da espécie estudada possuem um senso de orientação aguçado. Sem ele, não conseguem encontrar as fêmeas espalhadas no ambiente e se reproduzir. 

Os estudos em humanos ainda não são conclusivos. Mas sugerem que garotos podem ser mais suscetíveis. No Brasil, a Anvisa permite o uso de BPA com o limite de 0,6 mg do produto para cada quilo de plástico. Nesse limite não há risco. Embalagens que têm no fundo o número 7 podem ter BPA. 

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