Em 25 anos de vida, a Melissa, charmosa sandália de plástico da Grendene, mudou muito e ganhou status de objeto de design. Daquele rústico modelo original, trançado, usado sobre as coloridas meias dos anos 80, nasceram dezenas de filhotes com pedigree. Entre eles, os que levam a assinatura dos irmãos Campana, do estilista Alexandre Herchcovitch e do badalado designer egípcio Karim Rashid. O investimento, como almejava a marca, alavancou as vendas, mas também atiçou a concorrência. E de olho no sucesso da Melissa, cada vez mais grifes começaram a lançar seus próprios calçados de plásticos.

A popular Bunnys, já tem pelo menos três modelos à venda. E todos bem menos elegantes e bem mais acessíveis dos que o da grife precursora. Enquanto um par de Melissas sai por cerca de R$ 100, a sandália da Bunny’s custa apenas R$ 42. Um bom balanço entre preço e design está à venda nas lojas da TNG de todo o Brasil. Por R$ 29,90 a grife vende honestas sandálias plásticas de plataforma. A
Vide Bula aposta em uma versão tamanco feita do mesmo material, só que com solado de borracha. E a Puma promete entrar no mercado das sandálias de plástico no próximo ano.

Para quem ainda acha que as sandálias de plástico devem passar longe de festas elegantes, a consultora de moda Manu Carvalho alerta: “São tantos modelos e estilos que um sempre vai ter a ver com qualquer situação”, explica. Hoje, a Melissa conta com mais de três mil pontos-de-venda em todo o planeta. “Na Colette, butique de grife em Paris, os pares custam cerca de 80 euros”, conta Paulo Pedó, gerente da operação Melissa, da Grendene. E do lado de fora da loja versões falsificadas dos calçados de plástico, saem por R$ 30.