Chama-se Luíza Roberta o primeiro bebê brasileiro gerado com sêmen de pai falecido. Em decisão da Justiça, a mãe – e viúva – Kátia Lenerneier (na foto com a filha) obteve autorização para inseminação artificial com o sêmen congelado do marido, Roberto Niels, que faleceu de câncer – o casal tentava ter filho havia três anos. Ele não deixou documentada a vontade de que seu sêmen fosse utilizado e, por isso, o Conselho Federal de Medicina é contrário à sentença da Justiça que presumiu que a paternidade, ainda que depois de morto, era o desejo de Niels. Luíza Roberta nasceu em Curitiba na segunda-feira 20, e o caso abre uma discussão sobre o direito à herança. Exemplo: um sogro pode não concordar que sua nora viúva proceda de tal forma, por querer parte da herança do filho que faleceu. Se ela se tornar mãe com o sêmen do marido que morreu, no entanto, a herança ficará somente para ela e esse filho. O Brasil terá, agora, de pensar em uma legislação específica sobre a reprodução póstuma.