000_Was4024512.jpg

O sul-coreano Ban Ki-moon, 67 anos, foi reeleito por unanimidade na Assembleia Geral da ONU para um segundo mandato de cinco anos como secretário geral das Nações Unidas.

A Assembleia apoiou por aclamação a reeleição do ex-chanceler sul-coreano, cujo segundo mandato começará no dia 1º de janeiro e terminará no fim de 2016.

Após o início silencioso de seu primeiro mandato, Ban tornou-se nos últimos meses cada vez mais importante no cenário internacional por sua postura em defesa dos manifestantes nos países árabes.

Ele declarou sua candidatura há duas semanas e recebeu o apoio formal do Conselho de Segurança da ONU na sexta-feira. Sem nenhum adversário para forçar uma competição, os 192 membros da Assembleia Geral confirmaram o novo mandato por consenso.

Ban afirmou que as mudanças climáticas são o seu maior desafio. Ele afirmou que a batalha contra o aquecimento global é "a prioridade mais importante" para a humanidade. O chefe da ONU também prometeu voltar a se pronunciar sobre os manifestantes que protestam contra diversos líderes no mundo árabe.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, agora nega-se a atender suas chamadas, afirmou um porta-voz da ONU. Ban também teve confrontos telefônicos com o líder líbio Muamar Kadhafi e outros presidentes da região nos últimos meses. Ban, diplomata de carreira, assumiu o cargo de secretário-geral da ONU em 2007, substituindo Kofi Annan e definindo-se como um "harmonizador" e um "construtor de pontes".

Grupos de direitos humanos, no entanto, o criticaram por não se expressar a favor do preso Liu Xiaobo, Prêmio Nobel da Paz, durante uma reunião com o presidente chinês Hu Jintao em novembro. Afirmam que Ban é muito respeitoso em relação à China e aos outros quatro membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – Rússia, Estados Unidos, Grã-Bretanha e França, – que poderiam ter vetado sua nova nomeação.

Apesar das críticas, Ban irritou a China e a Rússia com sua forte postura sobre a Líbia, a Síria e as revoltas no Iêmen. Ban, que foi chanceler sul-coreano de 2004 a 2007, é o oitavo secretário-geral desde a criação da ONU, após a Segunda Guerra Mundial.