Tragédia
Não se sabe ao certo o motivo que levou à morte mais de uma centena de baleias em dois dias, na ilha da Tasmânia, ao sul da Austrália. Cientistas especulam que grandes predadores, como as orcas, podem ter empurrado as baleias em direção à praia. Outros sugerem que elas buscavam comida mais perto do litoral e por isso encalharam. Um terceiro grupo defende que elas ficaram desorientadas por causa do barulho das instalações de petróleo e gás. Não é a primeira vez que isso acontece. Em 1998 e 2004, dezenas de baleias da espécie piloto, com seis metros de comprimento, também morreram encalhadas na mesma região.

Britadeira
Mais uma traquitana para acabar com o pesadelo de quem ronca – ou dorme ao lado de quem ronca. O travesseiro da japonesa Francebed Medical Service vem com um sensor conectado a um gravador para registrar os barulhos noturnos. Tudo para relacionar a posição do dorminhoco e a altura do travesseiro com a intensidade do ronco e descobrir em quais posições a pessoa dorme sem fazer barulho. O kit pode ser usado em qualquer travesseiro e custa cerca de R$ 400.

À prova de catástrofe
Uma faixa de 21 quilômetros na costa do oceano Índico surpreendeu um time internacional de cientistas que avaliou o rescaldo do tsunami de 2004. Nessa região, os vilarejos protegidos por mangues foram os que menos sofreram o impacto da onda que arrastou tudo o que havia pela frente. Mangues e vegetações costeiras são preparados para resistir às inundações, que foram bem maiores nas cidades desmatadas. Os especialistas avisam que dunas e matas litorâneas teriam o mesmo papel de proteção natural contra catástrofes.
 
 
Marco histórico
Depois de três anos de pesquisa, 200 cientistas da Nigéria, China, do Japão e dos EUA conseguiram mapear em detalhes as diferenças genéticas entre os seres humanos. Com base nesse mapa, elaborado a partir dos genes de 269 voluntários de quatro populações diferentes, será possível acelerar a pesquisa para descobrir as mutações genéticas que dão origem a doenças psiquiátricas, cardiovasculares e câncer. Seria uma espécie de manual de instruções para desvendar os genes envolvidos no surgimento das doenças mais comuns.
 
 
Parabéns, Santa Catarina!

Santa Catarina criou duas Unidades de Conservação para proteger a floresta com araucárias. No dia 20 de outubro, o Diário Oficial da União publicou a criação do Parque Nacional das Araucárias, com 12.841 hectares, em Ponte Serrada e Passos Maia, e a Estação Ecológica da Mata Preta, com 6.563 hectares, em Abelardo Luz.

A área protegida é menor do que a planejada, mas foi fruto de árduo trabalho que buscou o entendimento entre governos, comunidades e ambientalistas. Proteger ambientes naturais não é só questão de preservar a biodiversidade. É pensar na água, num futuro não muito distante. É considerar as possíveis mudanças no clima. Ou calcular desastres ambientais que ocorrerão, caso não haja vegetação “segurando” morros e beiras de rios. São os chamados serviços ambientais, “trabalhos” que a natureza presta a princípio sem cobrar nada, mas com o tempo ela pode não perdoar. Tomara que outras áreas planejadas no Paraná sejam implementadas. Pois correm o risco de deixar de prestar serviços à sociedade. É um alerta para que o pinheiro-brasileiro, o símbolo do Paraná, não passe a ser reconhecido apenas em museus pelas futuras gerações. Participe da mobilização em www.rma.org.br.

Silvia Marcuzzo
Assessora de Comunicação da Rede de ONGs da Mata Atlântica