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A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, defenderam nesta sexta-feira (17) uma solução rápida para a crise da dívida grega, na qual os credores privados podem participar voluntariamente. "Precisamos de uma solução rápida", declarou Merkel em uma entrevista coletiva conjunta com Sarkozy em Berlim. Mas os dois se recusaram a divulgar uma data. "Queremos que o setor privado participe voluntariamente. Eu quero insistir nisto, não há nenhuma base legal para uma participação obrigatória", acrescentou.

A França e o Banco Central Europeu (BCE) insistem há semanas que a participação de credores privados – bancos, seguradoras e fundos de investimentos – deve ser voluntária para não assustar os mercados, ao contrário da Alemanha, que insistia na participação do setor privado no plano de resgate.

Ministro

 

O primeiro-ministro grego Giorgos Papandreou nomeou nesta sexta Evangelos Venizelos como ministro das Finanças, em substituição a Giorgos Papaconstantinou, que assumiu o ministério do Meio Ambiente. Venizelos, 54 anos, que tem a missão de enfrentar a crise financeira e social do país, além de negociar com os credores do país, era ministro da Defesa até esta sexta-feira.

A saída de Papaconstantinou do ministério das Finanças era previsível, já que o político, com a imagem desgastada pelo plano de austeridade adotado para cumprir com as exigências da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), era muito criticado pelos deputados do PASOK, o partido socialista no poder.

O novo ministro das Relações Exteriores é Stravos Lambrinidis, 49 anos, ex-líder da bancada socialista grega no Parlamento Europeu e ligado a Papandreou. Outra personalidade próxima a Papandreou, Panos Beblitis, que era subsecretário da Defesa, assume como titular da pasta.