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 A Infraero informou que, do total de 85 voos internacionais programados para até as 13h desta terça-feira, 28 (32,9%) tinham sido cancelados. Na segunda-feira, mais 19 voos que fariam as pontes aéreas Brasil-Chile e Brasil-Argentina nos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e do Galeão, no Rio de Janeiro, também haviam sido cancelados. A nuvem de cinzas do vulcão Puyehue, no Chile, seria o principal motivo para o cancelamento dos voos.

Na segunda-feira, no Galeão, três voos provenientes de Buenos Aires e um de Córdoba foram cancelados, assim como cinco partidas para Buenos Aires. Os voos cancelados são das empresas TAM, Gol e Aerolíneas Argentinas. Em Guarulhos, foram cancelados quatro voos da TAM, três da Aerolíneas Argentinas, dois da Gol e um da Luftansa.

A TAM divulgou nesta terça-feira o cancelamento de mais 32 partidas que ligam Brasil, Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai. "A TAM está analisando permanentemente as informações disponíveis sobre a densidade e o deslocamento da nuvem de cinzas e avalia que, neste momento, há riscos para a operação de voos nessas rotas", afirmou a maior companhia aérea do Brasil, citando fechamento de aeroportos em Buenos Aires e Assunção e obstrução de rotas de voo entre Brasil, Montevidéu e Santiago. A Gol divulgou cancelamento de 11 voos até o fim da manhã desta terça "de e para Buenos Aires, provenientes de São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre e Santiago".

O complexo vulcânico Puyehue-Cordón Caulle, no sul do Chile, expeliu lava e provocou a movimentação de pedras, atrapalhando a travessia de estradas na região da fronteira entre Argentina e Chile. Alguns trechos ficaram interrompidos pelo acúmulo de cinzas. A nuvem vulcânica chegou a Buenos Aires nesta terça-feira e afetou as operações no aeroporto internacional de Ezeiza, nos arredores da capital, o que gerou cancelamento de voos desde a noite de segunda-feira. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), apesar da situação causada pelo vulcão, os passageiros afetados podem pedir reembolso e assistência das companhias aéreas enquanto estiverem impedidos de viajar.

Uruguai

Mais de 90% dos voos comerciais foram cancelados nesta terça-feira em Montevidéu ante a chegada de cinza vulcânica à região, informou o terminal aéreo. "O aeroporto está inoperante, pelo temor de as cinzas afetarem os voos", informou ao canal 10 Nelson Rosano, gerente de operações do Aeroporto de Carrasco, o principal do país.

Segundo ele, mais de 90% dos voos foram cancelados. Do aeroporto partem e chegam, em média, 100 voos diários. Os voos afetados tinham como destino ou origem as cidades de Buenos Aires, Rosário (Argentina), São Paulo, Curitiba, Porto Alegre (Brasil), Assunção, Lima e Santiago, com o cancelamentos afetando, principalmente, as companhias TAM, LAN, Pluna, TACA, GOL, BQB, Sol Líneas Aéreas e Aerolíneas Argentinas.

Argentina

Todos os voos domésticos e internacionais nos dois aeroportos de Buenos Aires, os maiores da Argentina, foram suspensos na manhã desta terça-feira (7) em consequência da presença das cinzas do vulcão chileno Puyehue na região. "Um total de 30 voos foram cancelados nesta terça-feira no Aeroporto de Buenos Aires e outros 32 no Aeroporto Internacional de Ezeiza pela nuvem de cinzas", afirmou uma fonte da empresa que administra os dois terminais aéreos.

Os aeroportos da Patagônia argentina permanecem fechados após a erupção de sábado do vulcão situado no sul do Chile e próximo de localidades turísticas da Argentina, incluindo a cidade de Bariloche, que recebe milhares de viajantes estrangeiros. A fonte, que pediu anonimato, afirmou que o comitê de crise voltará a se reunir para avaliar o deslocamento da nuvem de cinzas vulcânicas que chegou a Buenos Aires, mas era imperceptível para a população já que alcança mais de 5.000 metros de altura.