Brasil é um país extraordinário. Em todos os sentidos. Por aqui existem leis que pegam e leis que não pegam. E algumas máximas que ninguém sabe muito bem de onde saíram, mas têm a força de uma emenda constitucional. Entre as mais respeitadas está aquela que garante que a vida só retoma sua normalidade depois do Carnaval. Neste janeiro, mais uma vez tudo se arrasta em ritmo de férias, de sol e da novidade da temporada: a música eletrônica nas praias. O verão também desperta o culto ao corpo, principalmente quando a medicina trabalha para possibilitar uma vida ativa e saudável até os 100 anos.

O único fato importante que ameaça contrariar o marasmo nacional é a movimentação da base presidencial em busca da viabilização de um candidato para disputar a sucessão. Enquanto o ministro da Reforma Agrária, Raul Jungmann, distrai os governistas do PMDB com o anúncio de que vai se inscrever para as prévias do partido, seu colega José Serra articula o inarticulável para montar o palanque tucano. Sem solucionar a cisão interna, o ministro da Saúde vê sua “adversária” Roseana Sarney nadar de braçada numa praia de águas calmas e limpas. Pelo menos na política, a temporada é quente