14 deputados são denunciados à Corregedoria da Câmara por obstrução

Deputados de oposição fazem ato tampando a boca com esparadrapo durante sessão da Câmara dos Deputados
Deputados de oposição fazem ato tampando a boca com esparadrapo durante sessão da Câmara dos Deputados Foto: José Cruz/Agência Brasil

14 deputados federais foram denunciados à Corregedoria da Câmara por participação no motim que obstruiu os trabalhos da Casa por mais de 24 horas em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). São eles:

— Allan Garcês (PP-MA);

— Bia Kicis (PL-DF);

— Carlos Jordy (PL-RJ);

— Caroline de Toni (PL-SC;

— Domingos Sávio (PL-MG);

— Júlia Zanatta (PL-SC);

— Marcel van Hattem (Novo-RS);

— Marco Feliciano (PL-SP);

— Marcos Pollon (PL-MS);

— Nikolas Ferreira (PL-MG);

— Paulo Bilynskyj (PL-SP);

— Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);

— Zé Trovão (PL-SC);

— Zucco (PL-RS).

As denúncias foram enviadas nesta segunda-feira, 11, o que significa que o órgão terá 48 horas para definir os pareceres para o grupo. As punições podem chegar a seis meses de suspensão do mandato.

Deputados bolsonaristas e o motim no Congresso

Todos os denunciados apoiam Bolsonaro e protagonizaram o motim em estratégia para defender o ex-presidente e garantir que ele se livre de punições judiciais por suposta tentativa de golpe por meio de um projeto de anistia.

Após 30 horas de obstrução, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), só conseguiu retomar o controle após longa negociação e ameaças de intervenção da Polícia Legislativa. No discurso de reinício dos trabalhos, afirmou que a democracia é “inegociável” e pediu respeito à Mesa Diretora.

Na sexta-feira, 8, seis parlamentares tiveram a suspensão do mandato pedida pela Câmara. Da lista, a única que não foi denunciada à Corregedoria nesta segunda é Camila Jara (PT-MS), acusada por Nikolas Ferreira de tentar agredi-lo na confusão.