14 deputados federais foram denunciados à Corregedoria da Câmara por participação no motim que obstruiu os trabalhos da Casa por mais de 24 horas em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). São eles:
— Allan Garcês (PP-MA);
— Bia Kicis (PL-DF);
— Carlos Jordy (PL-RJ);
— Caroline de Toni (PL-SC;
— Domingos Sávio (PL-MG);
— Júlia Zanatta (PL-SC);
— Marcel van Hattem (Novo-RS);
— Marco Feliciano (PL-SP);
— Marcos Pollon (PL-MS);
— Nikolas Ferreira (PL-MG);
— Paulo Bilynskyj (PL-SP);
— Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);
— Zé Trovão (PL-SC);
— Zucco (PL-RS).
As denúncias foram enviadas nesta segunda-feira, 11, o que significa que o órgão terá 48 horas para definir os pareceres para o grupo. As punições podem chegar a seis meses de suspensão do mandato.
Deputados bolsonaristas e o motim no Congresso
Todos os denunciados apoiam Bolsonaro e protagonizaram o motim em estratégia para defender o ex-presidente e garantir que ele se livre de punições judiciais por suposta tentativa de golpe por meio de um projeto de anistia.
Após 30 horas de obstrução, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), só conseguiu retomar o controle após longa negociação e ameaças de intervenção da Polícia Legislativa. No discurso de reinício dos trabalhos, afirmou que a democracia é “inegociável” e pediu respeito à Mesa Diretora.
Na sexta-feira, 8, seis parlamentares tiveram a suspensão do mandato pedida pela Câmara. Da lista, a única que não foi denunciada à Corregedoria nesta segunda é Camila Jara (PT-MS), acusada por Nikolas Ferreira de tentar agredi-lo na confusão.