Paulo Maluf e seu filho Flávio, presos na Polícia Federal de São Paulo, choraram muito quando receberam a notícia de que o Supremo Tribunal Federal havia concedido uma medida liminar que determinava a libertação imediata dos dois. Acusados de crime contra o sistema financeiro, corrupção passiva e formação de quadrilha, os Maluf estavam presos desde 10 de setembro e foram libertados na noite da quinta-feira 20. Agora, eles vão aguardar o julgamento em liberdade. O STF entendeu que havia “flagrante violação ao direito de locomoção” dos dois. Desde que foi preso, Maluf tem se esforçado para aparentar fragilidade. Segundo seus advogados, ele está deprimido e em condições precárias de saúde. Ele toma medicamentos para controlar problemas do coração e tem reclamado de dores na região do abdome.

Por duas vezes ele saiu da carceragem da PF, onde dividia uma cela com Flávio e outro preso. Na primeira vez, Maluf foi internado no Hospital das Clínicas para fazer um cateterismo no coração. Ficou internado apenas um dia e voltou à PF. Na segunda vez, fez exames para verificar as causas das dores no abdome. A Justiça chegou a autorizar sua internação em um hospital, desde que fosse penitenciário, o que foi recusado pela família. Na casa de Maluf, nos Jardins, também havia um clima de alívio e comemoração. Fora das grades, Maluf ainda enfrenta as ações do Ministério Público em busca de uma fortuna no Exterior.