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O vulcão islandês Grimsvötn, que entrou em erupção no sábado (21), continuava expelindo cinzas nesta segunda-feira, e o fenômeno já afeta a capital, Reykjavik, a 400 km da cratera. Apesar da situação, o organismo europeu de segurança aérea, Eurocontrol, informou que o espaço aéreo da Europa não deve ser fechado, mesmo parcialmente, ao menos de maneira imediata.

A erupção do Grimsvötn provocou o fechamento do espaço aéreo da Islândia no domingo, lembrando o que aconteceu no ano passado quando as cinzas do Eyjafallajokull paralisaram os céus europeus e deixaram três milhões de passageiros no chão. "O Grimsvötn continua em atividade, e apesar da potência da erupção ser inferior à de ontem (domingo) pela manhã, é comparável à da noite passada, com a nuvem de cinzas chegando a 10 km de altura", declarou à AFP o geofísico Einar Kjartansson, do Instituto Meteorológico islandês.

"As cinzas se dispersaram sobre boa parte do país. À noite, havia cinzas em Reykjavik, mas agora não", acrescentou. Para o especialista, a erupção pode durar uma semana ou duas, mas ele destacou que é impossível fazer previsões realistas. "Os meteorologistas afirmam que as cinzas podem seguir para a Europa durante a semana, mas não é mais que uma possibilidade, não é garantido", acrescentou.

Para outro meteorologista, Peitur Arason, "os ventos de baixa altitude sopram forte em direção à Grã-Bretanha, mas em altas altitudes sopram para o noroeste". Segundo os especialistas, caso a tendência prossiga, as cinzas podem alcançar a Escócia na terça-feira, assim como o oeste da França e o norte da Espanha na quinta.

As autoridades dinamarquesas fecharam parte do espaço aéreo da Groenlândia, território de ultramar da Dinamarca, até esta segunda-feira, enquanto a Noruega suspendeu os voos para o arquipélago de Svalbard, no Ártico. A Islândia pode reabrir ainda nesta segunda-feira o aeroporto internacional de Reykjavik-Keflavik. O país fica na rota de algumas linhas transatlânticas, mas até o momento apenas voos com destino ou origem na ilha foram cancelados.

O vulcão Grimsvötn, o mais ativo do país, registra a mais violenta erupção em um século. A nuvem de cinzas alcançou nas primeiras horas 20.000 metros de altura.