27/05/2009 - 10:00
Na estrada com Kerouac
Precursor da contracultura, o movimento beat uniu arte e vida de forma libertária. Nascido nos EUA nos anos 1950, teve em Jack Kerouac o seu autor mais cultuado. Os apreciadores de sua prosa sem regras têm agora dois títulos à disposição, inéditos no Brasil: “Visões de Cody” (L&PM) e “E os Hipopótamos Foram Cozidos em seus Tanques” (Companhia das Letras). O primeiro foi escrito paralelamente ao clássico “On the Road” e acompanha as viagens do mesmo personagem, inspirado no amigo de Keroauc, Neal Cassady. Feito em parceria com William Burroughs, “E os Hipopótamos…” narra um crime real envolvendo outros de seus amigos.
CINEMA
Ben Stiller no museu
O astro Ben Stiller está de volta na pele do abobalhado guarda-noturno Larry Daley, protagonista da comédia “Uma Noite no Museu 2”. Essa continuação do filme de 2006 se passa no Museu Smithsonian, em Washington, e reúne outros personagens, como Amelia Earhart (Amy Adams), pioneira da aviação, um faraó chamado Kah Mun Rah (Hank Azaria) e o vilão de “Guerra nas Estrelas” Darth Vader.
+5 autores beatniks
ALLEN GINSBERG 
Autor do poema “Uivo”, de 1956, um marco do movimento beat, que foi qualificado como pornográfico (foto)
WILLIAM BURROUGHS
O livro “Almoço Nu”, de 1959, é a sua obra mais famosa. Foi levada ao cinema por David Cronenberg
GREGORY CORSO
Seus livros de poemas “Gasolina” e “Lady Vestal” influenciaram compositores de rock dos anos 60 como Bob Dylan
LAWRENCE FERLINGHETTI
Criador da editora City Lights em São Francisco, que lançou o livro “Uivo”, de Ginsberg
GARY SNYDER
Sua vida ligada à natureza e ao budismo inspirou Jack Kerouac no livro “Os Vagabundos Iluminados”
ARTE
Um século de pintura
A mostra “Arte na França 1860- 1960: o Realismo” reúne no Museu de Arte de São Paulo grandes nomes da pintura francesa, incluindo artistas que raramente têm sua obra exibida no País, como Balthus (foto).
A partir do realismo, contemplam-se pintores como o brasileiro Cândido Portinari e o espanhol Pablo Picasso. Entre os franceses figuram Gustave Courbet, um autêntico realista, e os impressionistas Claude Monet e Pierre-Auguste Renoir.
MÚSICA
Duas horas de som
O cantor paulista Romulo Fróes lança um CD de inúmeras qualidades. A primeira delas é a voracidade criativa. “No Chão Sem Chão”, seu terceiro trabalho, reúne dois CDs vendidos ao preço de um. As outras qualidades são consequência dessa. Somando quase duas horas, os discos “Cala a Boca já Morreu” e “Saiba Ficar Quieto” reúnem canções que vão do “samba triste”, pelo qual ficou conhecido, ao rock mais esparso, costurado por gui tarras distorcidas.
DVD
Vanessa em Paraty
Para gravar o seu primeiro DVD, “Multishow ao Vivo”, a cantora mato-grossense Vanessa da Mata escolheu um cenário especial: o centro histórico de Paraty.
Especial também é a dupla de convidados Sly Dunbar (bateria) e Robbie Shakespeare (baixo) que participa de cinco faixas, entre elas “Vermelho” e “Ilegais”. Cantora de reggae no início da carreira, Vanessa encontra nessas feras da música jamaicana a companhia perfeita. Ben Harper, com quem ela gravou “Boa Sorte/ Good Look”, aparece nos extras.
Ao final, ao cantar o seu grande sucesso “Ai, Ai, Ai”, que tem o refrão “o que a gente precisa é tomar um banho de chuva”, garoou de verdade em Paraty – não era efeito especial.
AGENDA
CASSANDRA WILSON
(São Paulo, Bourbon Street, 28/5, e HSBC Brasil, 29/5; Rio de Janeiro, Vivo Rio, 31/5) – A cantora de jazz apresenta o repertório do CD “Loverly”
O ESCULTOR DO SAGRADO
(Museu Afro Brasil, São Paulo, até 10/7) – Mostra em homenagem aos 90 anos de Deoscoredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi
HOMENS DE PAPEL
(Teatro Coletivo, São Paulo, até 14/6) – Sérgio Audi dirige essa peça de Plínio Marcos, de 1968, sobre catadores de papel
