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Quatro jornalistas detidos na Líbia, dois americanos, um espanhol e um britânico, foram libertados e chegaram nesta quarta-feira (14) ao hotel Rixos, em Trípoli. Os jornalistas estavam cansados, mas em bom estado de saúde.

Um porta-voz do governo líbio, Musa Ibrahim, havia declarado à AFP na terça-feira que o grupo, que incluiria um sul-africano, seria liberado "muito em breve". Mas em lugar do sul-africano, foi um britânico, Nigel Chandler, que chegou na quarta-feira ao hotel. "Houve uma confusão" quanto à identidade dos jornalistas, indicou nesta quarta-feira Musa Ibrahim, acrescentando que o sul-africano "não havia sido localizado".

O embaixador sul-africano em Trípoli esperava seu compatriota no hotel. "Os quatro jornalistas foram julgados por um tribunal administrativo e condenados a um ano de prisão e a uma multa de 200 dinares (154 dólares) cada um, por entrada ilegal no país", declarara na terça-feira o porta-voz oficial.

Dois americanos, James Forley da agência de notícias GlobalPost e Clare Morgana Gillis, jornalista independente, assim como dois fotógrafos, o espanhol Manu Brabo e o sul-africano Anton Hammerl, haviam desaparecido no dia 4 de abril quando cobriam o conflito na Líbia. O governo havia informado mais tarde que ambos estavam detidos.

Refugiados

Quase 14.000 pessoas deixaram a Líbia rumo à Itália ou Malta desde o início do conflito naquele país da África do Norte, informou nesta terça o Alto Comissariado da ONU para os refugiados (Acnur). "Os refugiados chegam de barco. Dessas pessoas, 1.669 delas desembarcaram na sexta-feira e sábado", precisou a porta-voz do Acnur, Melissa Fleming.

Funcionários do Acnur constataram ainda que centenas de pessoas que inicialmente haviam fugido rumo a Tunísia e o Egito voltaram à Líbia e embarcaram em navios que os levaram à Europa. "Entre eles, há refugiados, membros das comunidades da Somália, da Eritreia e Etiópia", explicou Fleming.