11/05/2011 - 15:39
Os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), revelam que no ano passado, o aumento médio real de salário dos homens foi maior do que o das mulheres. A remuneração dada a eles cresceu 2,62% ante 2,54% das mulheres. Enquanto o salário mensal médio masculino foi de R$ 1.828,71 em 2009 e de R$ 1.876,58 em 2010, o das mulheres subiu de R$ 1.514,99, em 2009, para R$ 1.553,44, em 2010.
Estados
O estudo também revelou que persistiram em 2010 "diferenças significativas" de rendimentos do trabalhador entre as diversas unidades da Federação. Na comparação mais extrema, a lacuna entre a maior e a menor remuneração média é de mais de 200%. Em termos nominais, significa uma disparidade de quase cinco salários mínimos. O maior rendimento médio mensal foi verificado no Distrito Federal, de R$ 3.713,84, enquanto que no Ceará a remuneração média, no final do ano passado, foi de R$ 1.228,94.
Considerando-se todo o País, o aumento médio do rendimento do trabalhador brasileiro no ano passado foi de 2,57%, segundo os dados divulgados pelo MTE. O porcentual é real, ou seja, já foi deflacionado usando como referência o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em dezembro de 2009, o trabalhador recebia a cada mês, em média, um salário de R$ 1.698,35 e um ano depois chegou a R$ 1.742,00.
Durante os oito anos do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o aumento real foi de 21,29%, conforme a Rais. Declararam a Rais 6,617 milhões de estabelecimentos, dos quais 3,403 milhões com vínculos formais de empregados e 4,214 milhões sem vínculo. O crescimento do volume de empresas que passaram a apresentar seus dados ao governo foi de 2,47% de 2009 para 2010, de acordo com o MTE.
Por Estados, o maior crescimento real do rendimento no ano passado foi verificado na Paraíba (8,41%) e o menor, no Amazonas (0,71%). Em 2009, o Amazonas também apresentou o pior resultado – que foi negativo em 2,40% -, enquanto Roraima apresentou a maior variação positiva, de 12,48%.
Em relação às regiões, foi verificada uma expansão generalizada no ano passado, com destaque para as regiões Norte (4,64%) e Centro-Oeste (1,65%). A menor remuneração média foi observada no Nordeste (R$ 1.361,17), enquanto a maior está no Centro Oeste, de R$ 2.172,54. "Percebe-se a persistência de heterogeneidade de salários entre as regiões, que pode ser explicada não somente pela segmentação geográfica, mas também por influência de outros atributos do trabalhador, como educação, idade e gênero", salientaram os técnicos do ministério, em nota.