O Sol como inspiração
Foram dois anos de negociação entre Japão e França para definir onde ficaria a sede do mais ousado projeto de energia nuclear do mundo, orçado em E 10 milhões (R$ 28,4 milhões). A eleita foi a cidade francesa de Cadarache, onde ficará o Reator Termonuclear Internacional Experimental (Iter), uma parceria entre União Européia, Rússia, China, Japão, EUA e Coréia do Sul. A usina vai produzir energia por fusão nuclear, que imita o processo de geração de calor do Sol. Os ecologistas chiaram. Dizem que a fusão, que une átomos de hidrogênio para produzir hélio e gerar energia, ainda é desconhecida. O processo é diferente das usinas de hoje, em que o átomo é dividido para se obter energia.

Biodegradável
Uma pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB) deu um novo passo para produzir plásticos mais ecológicos. A idéia da química Jussara Angélica Durães foi usar óleo de buriti para reduzir o tempo de degradação do plástico na natureza. Copos plásticos e sacolas de supermercado costumam levar entre 200 e 450 anos para se desintegrar. Jussara misturou o fruto típico da Amazônia e do cerrado a um polímero. O resultado foi um plástico que absorve a radiação solar e funciona como fotoprotetor. “Ele poderia ser usado na fabricação de óculos escuros, películas protetoras e é absorvido mais rapidamente pela natureza”, sugere Jussara. Só no Brasil, a produção anual de plásticos foi de 3,9 milhões em 2002. Nos EUA, mais da metade dos embrulhos são feitos de plástico.

Hollywood contra-ataca
Uma decisão da Suprema Corte dos EUA deixou em alerta quem costuma baixar músicas pela internet. A ação aberta pela gravadora MGM contra a StreamCast, controladora dos sites Grokster e Morpheus, dois populares centros para baixar músicas e vídeos, foi vista como uma vitória da indústria de entretenimento. A decisão, unânime, abre caminho para que os estúdios de Hollywood e a indústria fonográfica processem por pirataria os sites e as empresas que permitam a troca de arquivos de música e de filme. Na opinião de Jim Pickrell (foto), o criador do Grokster, a decisão pode desencorajar empreendedores como ele, que buscam criar produtos para competir com os conglomerados de telecomunicação e entretenimento.
 
 
Florestas e empresas
Há um ano, a Fundação SOS Mata Atlântica lançou o programa Florestas do Futuro. Neste período inicial, 17 empresas foram sensibilizadas pela necessidade de participar das ações de restauração da Mata Atlântica. O programa soma, até agora, mais de 200 mil árvores plantadas no primeiro período de chuvas, entre novembro de 2004 e março de 2005. Temos ainda 292 mil mudas preparadas para plantio a partir de novembro deste ano, sem contar as novas parcerias em andamento.

Além da Editora Três, por meio da Floresta ISTOÉ, estão entre nossos parceiros Bradesco Capitalização, Bradesco Cartões, Caminhões Volkswagen, Coca-Cola Femsa, Dixie Toga, Gênesis Empreendimentos, Interface Carpetes, Grupo Martins, Rodovias das Colinas, Citizen e Repsol YPF. Graças a essas empresas, foram reflorestadas áreas nas cidades de Itu (SP), Piracicaba (SP), Barueri (SP) e Londrina (PR).

No Florestas do Futuro, a SOS Mata Atlântica consolida sua atuação no tema, iniciado pelo programa www. clickarvore.com.br, e cumpre uma função essencial de articular diversos setores da sociedade em torno de objetivos comuns: a recuperação de áreas degradadas onde antes existia Mata Atlântica. O enfoque principal está nas matas ciliares, aquelas que margeiam rios e outros cursos d´água e na proteção da biodiversidade brasileira. De um lado, estão as empresas que têm a oportunidade de se unir a um programa já estruturado e, de outro, os proprietários das terras a serem reflorestadas. Parcerias que beneficiam a todos.

Adauto Tadeu Basílio
Diretor de captação de recursos da Fundação SOS Mata Atlântica
Conheça mais em: www.florestasdofuturo.org.br