Ninguém percebe
O cirurgião plástico Mário Galvão, da Clínica São Vicente (RJ), está adotando uma técnica que usa um corte único na região posterior da orelha na realização do lifting (plástica de rejuvenescimento facial). A cicatriz não aparece e o paciente volta à rotina em no máximo dez dias.

Deu certo em cães!
Na Universidade de Cambridge (Inglaterra), quatro cachorros que não andavam mais voltaram a responder a estímulos nervosos depois de um implante de células nervosas em locais da medula espinhal que haviam sido lesados em acidentes. Os cientistas acreditam que a técnica, se continuar a mostrar bons resultados, pode funcionar também em humanos.

Genética contra Alzheimer
Um experimento que usou células modificadas geneticamente mostrou bons resultados contra o mal de Alzheimer. Cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) retiraram células da pele de oito pacientes e mudaram o material genético de maneira que elas passaram a produzir uma proteína que estimula o crescimento de nervos. Elas foram implantadas nas áreas atingidas pela doença, protegendo os neurônios ainda não danificados, dificultando a progressão do mal.
 
 
Agora, um pouquinho de peso faz bem
É o que diz um estudo do Instituto Nacional do Câncer e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. Segundo o trabalho, quem está só um pouco acima do peso tem menos risco de morte do que as pessoas que apresentam peso normal ou as que são muito gordas. Como a conclusão é polêmica, espera-se ainda muita discussão antes de o resultado ser aceito definitivamente.
 
 
Outra promessa da célula-tronco
Desta vez, a esperança é no tratamento da diabete. Pesquisadores americanos fizeram com que células-tronco extraídas do cérebro de fetos abortados (elas se transformariam em neurônios) produzissem insulina, hormônio em desequilíbrio na enfermidade. As células foram implantadas no fígado de camundongos e, após um tempo, começaram a produzir a substância.
 
 
Síndrome de down

Tenho um neto de quatro anos e meio que nasceu com síndrome de Down. Ele faz fisioterapia, fono e natação. Começou a andar aos dois anos e anda muito bem. Entende tudo o que se manda fazer, mas não fala uma palavra sequer. O que é síndrome de Down e com que idade provável uma criança com esse problema começa a falar? A criança consegue aprender a ler e a escrever?
C.P. – Parapeúna (RJ)

Os cromossomos são os “pacotes” da nossa informação genética. O número esperado é 46 (23 de origem materna e 23, paterna). As crianças com síndrome de Down possuem 47, um a mais do par n° 21. Por isso, ela é chamada de trissomia
do cromossomo 21, anomalia cromossômica mais freqüente na espécie humana.
O cariótipo com bandas é um exame que mostra se o “21” a mais foi enviado
por uma falha eventual ou se existe uma predisposição do casal para a anomalia. Desde que estimuladas, as crianças com a síndrome aprendem a ler, escrever,
tocar instrumentos, trabalhar no computador, ter uma profissão. A fala está freqüentemente comprometida em função de alterações anatômicas da face, de otites repetitivas, de uma possível deficiência auditiva e pela própria deficiência mental. Algumas crianças falam mais tarde, mas é importante insistir com a fonoterapia e é fundamental a avaliação do otorrinolaringologista, inclusive com
a realização de um exame chamado BERA, para afastar uma deficiência auditiva
que esteja retardando a fala.
Carla Franchi Pinto, responsável pelo Setor de Genética Médica da Santa
Casa de São Paulo