Nenhuma cidade brasileira tem tantas opções de hotéis, em termos de qualidade e quantidade, como São Paulo. Grandes redes internacionais, como Hilton, Hyatt e Renaissance, com seus ambientes confortáveis e padronizados, estão instaladas ali. Mas na segunda-feira 8 a metrópole irá ganhar o que há de mais moderno e personalizado em hospedagem: um hotel “de autor”, de projeto único, com a grife Fasano. Trata-se do Hotel Fasano, pertencente à família
do mesmo sobrenome que faz história na gastronomia brasileira há mais de 100 anos, com restaurantes como o próprio Fasano, Gero, Parigi, Baretto e Forneria San Paolo. Todos estão em São Paulo, e desde o
ano passado o Gero chegou ao Rio de Janeiro. Mas a fama do grupo corre Brasil afora e até no Exterior, pela excelente qualidade de seus pratos
e atendimento ao cliente. Tanto que, em 2000, a casa se associou à
grife Emporio Armani e abriu o Caffé Armani, na sede da loja, no bairro dos Jardins, em São Paulo.

A idéia de expandir para a área de hospedagem partiu de Rogério Fasano, da quarta geração da família e responsável por gerenciar os negócios do grupo. “Comecei a sonhar com esse hotel há dez anos. Senti que não tínhamos mais como crescer apenas com a gastronomia, pois chegamos a um nível de qualidade único no País”, conta Rogério. Para viabilizar o projeto, ele uniu-se ao empresário João Paulo Diniz, herdeiro do Grupo Pão de Açúcar, que se tornou seu parceiro também nos restaurantes. Juntos, investiram R$ 50 milhões e chamaram os arquitetos Márcio Kogan e Isay Weinfeld para construir o prédio em um terreno de 1.200 metros quadrados na antiga rua Taiarana, no Jardim Paulista. Com o centenário da chegada da família ao País, no ano passado, a rua ganhou o nome do patriarca, Vittorio Fasano.

O resultado do investimento não poderia ser mais deslumbrante. São 64 quartos distribuídos em 23 andares de puro luxo. A decoração é clássica e aconchegante. As cadeiras do lobby, que deve virar ponto de encontro na região, foram todas trazidas de antiquários da França e da Inglaterra. O bar Baretto e os restaurantes Fasano e Nonno Ruggero, este mais informal, estão instalados no hotel. Nos últimos três andares, há um spa com ofurô, piscina, saunas e sala de ginástica. Os quartos são aconchegantes, com vista para lojas sofisticadas do bairro, como Versace e Bulgari, e têm enormes televisores com tela plana.

“Quis fazer um hotel quente, confortável. Nada de espaços muito clean”, afirma Rogério. Para administrar tudo isso, foram trazidos do hotel Four Seasons, de Milão, o diretor-geral Marco Vazzoler, e do Plaza Athenée, de Paris, o diretor de vendas Hans Wegner. O sócio, João Paulo, entusiasma-se com o resultado: “Vê-lo pronto da maneira como havíamos imaginado foi emocionante. São Paulo tem espaço para um hotel único como esse.” É lindo, mas não para todos: as diárias não saem por menos de R$ 900 e podem chegar a até R$ 2.600.