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O desempenho das boxeadoras brasileiras tem enchido de orgulho e de esperança os organizadores do esporte no País. A paulista Roseli Feitosa, 22 anos, e a baiana Adriana Araújo, 29, são as responsáveis pelo otimismo. Elas já conseguiram um feito inédito na história do pugilismo feminino nacional ao conquistarem medalhas de ouro no Pré-Pan da modalidade, realizado na Venezuela, no ano passado. Agora a aposta é que pelo menos uma delas conquiste vaga para a Olimpíada de Londres – onde a modalidade estreia nos Jogos – e para o mundial da categoria na China, ambas competições em 2012. Para isso, terão de ganhar medalha de ouro no Pan-americano de Guadalajara, no México, marcado para outubro deste ano. É a primeira vez que o boxe feminino é incluído no Pan.

Roseli foi, ainda, eleita revelação do Pré-Pan e melhor atleta da competição (entre homens e mulheres). “O que elas conseguiram não é fácil. Enfrentaram o que há de melhor nas Américas”, diz Mauro José da Silva, presidente da Confederação Brasileira de Boxe. Silva aposta que Roseli, tida como um fenômeno e com apenas quatro anos de luta em ringues, vai ganhar uma medalha olímpica. Mais comedida, Roseli prevê dificuldades no caminho. “As adversárias vão vir mais fortes. Antes, eu assistia ao vídeo da luta delas. Agora, elas é que devem estar assistindo aos meus”, afirma.

 “No boxe, você não pode subestimar nenhuma adversária. Um golpe derruba teus sonhos”, filosofa Adriana, boxeadora desde os 18 anos. As duas vieram de família pobre e enfrentaram muitas dificuldades para chegar até a medalha de ouro. “Para disputar competições, elas bancavam as despesas do próprio bolso, faziam empréstimos no banco ou então ‘vaquinha’ entre colegas, treinadores e parentes”, lembra Cláudio Aires, técnico da seleção brasileira de boxe feminino. Essa era a realidade até o ano passado, quando o boxe feminino foi alçado à condição de modalidade olímpica e ganhou apoio financeiro da Petrobras. Agora, o jogo virou.

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