PAULO-LIMA-ABRE-IE.jpg 

Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios…
Ver a imagem impecavelmente linda de Renata Vasconcellos, na impiedosa tela em HD, relatando a destruição em Fukushima ou a crueldade do massacre do Realengo, levou a jornalista Renata Lemos à associação imediata com o poético título do livro de Marçal Aquino, no perfil de sua xará que traçou para a matéria de capa da edição de maio da revista “TPM”.

Renata, a Vasconcellos, tem 38 anos, uma irmã gêmea idêntica, dentes muito brancos, dois filhos, um ex-marido e uma carreira sólida no jornalismo televisivo. Apenas ancorando o telejornal matinal “Bom Dia Brasil” na Rede Globo, já se vão oito anos. Traduzindo, há 96 meses, ela acorda às 4h30 da manhã e se prepara para encarar a inexorabilidade da vida. Sua manhã pode se resumir a um punhado de boas notícias para fazer o começo do dia do povo mais leve ou pode significar o deslocamento rápido para a porta de uma escola onde um doente metralhou a criançada, para reportar do local notícias que ninguém gostaria de dar.

Sobre sua beleza, a foto ao lado diz tudo. Mas é interessante observar que há algo de triste em seu olhar absolutamente simétrico. “Acho péssima essa obrigação de ser sempre feliz”, e la dispara, revelando sem saber um dos ingredientes mais fortes de sua beleza.
E, de novo sem querer, parafraseia o poeta sem pedir desculpas às alegres: “Tristeza é fundamental.”
Nascida no Leblon, mora em Ipanema, estudou no Santo Agostinho, se formou jornalista na PUC, foi modelo, esteve casada por 14 anos, não está mais… sai pouco, lê muito e gosta de usar camisas masculinas.
Renata está todas as manhãs na sua casa, mas você não a conhece.

A coluna de Paulo Lima, fundador da editora Trip, é publicada quinzenalmente

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias