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O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse que "as investigações, os depoimentos e a perícia" revelam que o massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste, foi um ato isolado. "Isso foi uma ação de uma pessoa doente que infelizmente cometeu essa monstruosidade".

Questionado se ele teme por uma possível repetição do episódio, o secretário foi enfático: "Dizer que isso nunca vai acontecer é leviano. Em segurança pública, nós acompanhamos e monitoramos para antecipar ações", disse Beltrame. Ele defendeu a rediscussão do Estatuto do Desarmamento. "Qualquer campanha, rediscussão e legislação que seja séria e mostre resultado será bem-vinda", declarou.

Sarney

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), defendeu nesta sexta-feira (8) a revogação do Estatuto do Desarmamento em vigor desde 2004, após passar por um referendo popular, que decidiu contrariamente ao fim do porte de arma no Brasil. Com base nessa consulta à sociedade, o Congresso votou e aprovou uma lei restringindo o porte de arma no país, com exceção para casos especiais, como os de pessoas que residem em áreas isoladas, policiais e militares.

“Acho que deveria ser um projeto de lei revogando a lei anterior e rediscutindo o assunto. A realidade hoje é inteiramente outra da que nós votamos a lei”, afirmou José Sarney. Ele defendeu a elaboração de lei mais rigorosa com “tolerância zero em relação às armas”.
Na opinião do presidente do Senado, a permissão do porte de armas, mesmo que restrito a casos específicos, abre caminho para a aquisição clandestina que dá margem à ocorrência de episódios como a chacina de quinta.

José Sarney ressaltou que a proibição total do porte de arma não retirará da sociedade “os fanáticos, os desequilibrados de qualquer espécie”. Entretanto, ele destacou que é obrigação do Congresso tentar restringir ao máximo a capacidade de pessoas com o perfil de Wellington de Oliveira terem acesso a armamentos.