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Cinco homens acusados de participação direta na organização dos atentados de 11 de setembro de 2001 serão julgados na Base Naval da Baía de Guantánamo, instalada no Sul da Ilha de Cuba e sob controle dos Estados Unidos desde o início do século passado. O julgamento será conduzido por um tribunal militar, e não um tribunal da Justiça comum de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Na manhã do dia 11 de setembro de 2001, 19 sequestradores assumiram o controle de quatro aviões comerciais em rota para São Francisco e Los Angeles partindo de Boston, Newark e Washington. Uma das aeronaves, da American Airlines, atingiu a Torre Norte do World Trade Center, em Nova York. Minutos depois, outro avião, da United Airlines, foi de encontro à Torre Sul. O terceiro avião caiu nos arredores de Washington, destruindo uma parte do Pentágono. O quarto aparelho sequestrado caiu em uma área desabitada na Pensilvânia.

Em novembro de 2009, a informação oficial era que o julgamento ocorreria em Manhattan (Nova York), sob a condução de um tribunal federal de direito comum e não por um tribunal militar. Na ocasião, a decisão gerou polêmica em decorrência dos elevados gastos causados pela manutenção do serviço de segurança.

No Congresso dos Estados Unidos, a oposição (liderada pelos republicanos) e os governistas (liderados pelos democratas) criticaram a decisão de a Justiça comum conduzir o processo de julgamento dos acusados. No ano passado, a Casa Branca prometeu reavaliar a medida.

Segundo dados oficiais do governo norte-americano, 2.996 pessoas morreram nos atentados de 11 de setembro, incluindo os 19 sequestradores.

Recursos

A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta segunda-feira três recursos apresentados por presos de Guantánamo para protestar contra sua detenção por tempo indefinido na base naval americana em Cuba. Os recursos alegam, entre outras coisas, que os direitos dos presos de questionar a prisão foram violados e que as prisões por tempo indefinido são contrárias às leis internacionais.

Um prisioneiros kuwaitiano, Fawzi al Odah, e um iemenita, Adham Mohamed Ali Awad, pedem que se questione a utilização de provas indiretas contra eles, apenas constituídas por testemunhas. Por sua parte, Ghaleb al Bihani, outro preseo iemenita, pede que se reconheça o fato de que os tratados internacioinais podem limitar o poder do presidente americano para mantê-los na prisão indefinidamente.