Morreu a rainha do rebolado
Elvira Olivieri Cozzolino foi o símbolo do erotismo de uma época de ouro do teatro e do cinema no Brasil. O seu nome artístico era Elvira Pagã. Dos anos 40 aos 60 ela escandalizou uma sociedade conservadora que a criticava publicamente, mas adorava vê-la rebolando nas chanchadas e nos teatros de revista. Ela brilhava também nos cabarés e nos carnavais. Foi a primeira rainha do Carnaval carioca em 1949 e a primeira brasileira a usar biquíni na praia de Copacabana em 1950. Atuou em oito filmes, entre eles O bobo do rei e Écharpe de seda. No final da década de 60, Elvira Pagã disse adeus ao seu mundo de glamour e, segundo ela própria gostava de dizer, “de muita orgia”. Desde então passou a viver sozinha num apartamento em Copacabana alugado pela irmã Rosina. Elvira Pagã morreu no dia 8 de maio, de falência múltipla dos órgãos, no Rio de Janeiro. A família optou, no entanto, por ocultar a notícia que só se tornou pública na terça-feira 19.

Vadico em Nova York

Na segunda-feira 18 os sambas de Vadico (1910-1962) brilharam
em Nova York. Principal parceiro de Noel Rosa (Conversa de
botequim
, Feitiço da vila), Vadico, apelido de Osvaldo Gogliano, foi ouvido pela primeira vez no Joyce Theater. As suas músicas serviram como trilha para o espetáculo Choros, da companhia de dança Cleo Parker Robinson Ensemble.

Primo verme

Cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, anunciaram
na quinta-feira 21 a descoberta de um verme cujo DNA é muito próximo ao do homem. A criatura se chama Xenoturbella. Ela rasteja e vive na lama que fica no fundo de um lago sueco. Não tem cérebro e nem sistema reprodutor conhecido, mas os pesquisadores acreditam que o verme e o homem dividem um passado comum. “É fascinante imaginar que, seja qual for o animal do qual esse verme evoluiu, ele também é
um ancestral do homem”, disse o coordenador do estudo, Max Telford. “Entre todos os invertebrados que existem, a Xenoturbella é nosso parente mais próximo”, completou.

Morreu o mestre do concretismo

O poeta, professor, ensaísta e tradutor paulista Haroldo de Campos morreu no sábado 16, aos 73 anos, em São Paulo. Ele foi vítima de falência múltipla de órgãos. Com o seu irmão Augusto de Campos e Décio Pignatari, lançou o concretismo, um dos movimentos mais importantes da literatura brasileira depois do modernismo. Entre as suas obras mais importantes destacam-se Revisão de Sousândrade (1954) e O sequestro do barroco na formação da literatura brasileira (1989). Traduziu Ezra Pound, Goethe, Maiakovski, Mao Tsé-tung e Homero.

Samba no hospital

Uma dupla de sambistas foi parar na UTI. Na segunda-feira 18 o cantor Zeca Pagodinho foi internado com uma crise de hipertensão no Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro. Recebeu alta no dia seguinte. No domingo 17, uma indisposição gástrica levou o cantor Jorge Aragão a ser internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Morreu
o ex-ditador de Uganda Idi Amin Dada. Apelidado de “Açougueiro de Kampala”, atribui-se a ele a morte de cerca de 400 mil pessoas até ser derrubado do poder e exilado em 1979. Na Arábia Saudita, aos 78 anos, de falência múltipla dos órgãos. No domingo 17.

Anuladas
pelo senado argentino as leis que anistiaram milhares de militares acusados de repressão durante a ditadura no país. A decisão ainda precisa ser aprovada pela Corte Suprema da Argentina. Em Buenos
Aires. Na quinta-feira 21.