Sem privacidade

Ao ler a matéria “De olhos bem abertos” (ISTOÉ 1767) desta conceituada revista gostaria de informar que na Bahia, precisamente em Salvador, o Ministério Público do Trabalho está atento ao zelo pela intimidade. Para isso, estamos atuando nas pequenas ocorrências para não chegarmos ao ponto da vigilância indiscriminada, como a que já ocorre em outros países conforme citado na matéria. Aqui entramos com uma ação civil pública contra as faculdades baianas (FIB e FTC), que acreditamos manter posturas invasivas à intimidade de seus alunos e funcionários. Para agir desta forma, observamos que nestas unidades de ensino existe o uso de câmeras que possibilitam o monitoramento eletrônico dos seus trabalhadores. Ao utilizar-se deste aparato técnico, as faculdades ofendem a norma programática do artigo 206, II, da Constituição Federal. Na ação judicial, o Ministério Público do Trabalho requereu à Justiça que as empresas acionadas retirassem imediatamente todas as câmeras que se encontram no interior dos dois estabelecimentos, além de impedir que seja adotado qualquer procedimento invasivo à intimidade de empregados, alunos e visitantes, como é o caso das revistas íntimas.
Manoel Jorge e Silva Neto
Procurador do Ministério Público do Trabalho
Salvador – BA

“Sorria, você está sendo filmado.” Atrás desta frase inocente e
bem-humorada, que já encontramos em todos os lugares do planeta, esconde-se uma idéia que está sendo muito bem preparada, para que
a população se acostume a encarar a bisbilhotice da vida alheia como
a coisa mais natural do mundo. Aos poucos, a privacidade será uma coisa ultrapassada e fora de moda. Estará aberto o caminho para que você
se torne um alvo constante do Big Brother. Nossa vida será vista, filmada, gravada e analisada dia e noite. Na internet ou na televisão
o grande negócio é ver o que as pessoas fazem dentro de casa. De
tanto bisbilhotarmos a vida dos outros, a invasão da nossa própria privacidade passará a ser uma coisa normal. O atentado de 11 de setembro, em Nova York, foi o acontecimento que conseguiu transformar a espionagem da vida de toda a humanidade em algo nobre e patriótico. Estaremos todos sob o olhar do Grande Irmão, que nos controlará noite
e dia, com seus olhos onipresentes.
Wilson G. Parker
Macaé – RJ

A linha tênue entre invasão versus privacidade nos impõe uma castração sem limites. Aonde vamos parar ?
Mariel Melo e Araújo
Belo Horizonte – MG

Política

Cumprimento ISTOÉ por apresentar uma retrospectiva do PT e revelar que o PT mudou (“O novo PT” edição 1767). Lamentável é o presidente do partido admitir isso e confirmar que o PT não é mais dos trabalhadores, mas um “partido de massas”, ou seja, um coisa sem forma, indefinida e manipulável.
Mauro Z. Lemos Pinto
Biguaçu – SC

Pêsames aos deputados do PT que se abstiveram de votar na reforma
da Previdência. Num projeto importante como este, abster-se de
votar é simplesmente se acovardar perante seus eleitores, porque esta posição de não ser contra nem a favor, antes pelo contrário, muito usada na década de 40 e 50 pelas raposas mineiras, já foi arquivada pela maioria de nossos políticos. Se eu fosse eleitora de algum deles,
nunca mais votaria neles.
Maria Tereza Pereira
Belo Horizonte. – MG

Foi muito fácil para o senhor presidente da República com o auxílio dos deputados federais tirar o direito adquirido em lei pelos funcionários públicos. O difícil é o sr. Lula, juntamente com esses mesmos deputados, fazer as reformas dos seus próprios privilégios.
Edson Luiz S. Sales
Acarajú – SE

A vitória tão celebrada pelo Executivo a respeito das aposentadorias e salários do Judiciário e do Legislativo pode ser um furo n’água. Enquanto esses dois poderes tiverem autonomia para elevar os próprios ganhos a seu bel-prazer, a coisa estará preta para os contribuintes.
Mario Alves Dente
São Paulo – SP

Esplêndida a reportagem de Florência Costa e Juliana Vilas “Panela de pressão” (ISTOÉ 1766). Ela mostra explicitamente a realidade do cidadão brasileiro. Em todo o País, movimentos populares exigem do governo mais garra para solucionar com rapidez as promessas de campanha.
Carlos Arthur Schwarz
Vitória – ES

Homossexualismo

Ser homossexual não quer dizer ser mais ou menos importante para a sociedade do que aqueles “ditos normais”. Sua conduta de vida não está restrita a sua vida sexual, mais sim a sua vida social e sua competência. Existem muitos homossexuais realmente merecedores de méritos. Quantos são médicos, juízes, padres e até mesmos bispos. Não podemos é nos apegar a princípios medievais e esquecermos de acompanhar o desenvolvimento da sociedade. Essas pessoas preconceituosas, sim, são as mais degradantes e imprudentes. São anormais por não aceitarem aqueles que são feitos da mesma matéria. Por serem mal resolvidas e frustradas atacam aqueles que têm sua vida esclarecida e resolvida. Só quem entende a beleza do perdão pode julgar seu semelhante. Então, esses que dizem falar em nome de Deus têm muito que aprender, a começar por se aceitarem primeiro, sem farsa e sem viverem na obscuridade. “O religioso alegre” (ISTOÉ 1767).
Marcelo M. Pereira
Florianópolis – SC

Os homossexuais já estão abusando do direito de protestar contra
a discriminação. Concordo que não sejam discriminados, pois são
seres humanos e merecem respeito. Mas passeatas e “beijaços” em shoppings já é demais. Sem contar com o espaço que a mídia vem abrindo para eles, mostrando fotos e cenas homossexuais, como que fazendo propaganda do homossexualismo, que é mostrado como uma coisa natural e até bacana. Nossas crianças vêem jornais, revistas
e televisão e, não demora muito, vão virar homossexuais porque “está
na moda”. Tenho dois filhos pequenos, de um e quatro anos, e não
quero vê-los serem “bombardeados” dessa forma sobre esse assunto. “Rastro rosa” (ISTOÉ 1767).
Antonio Mattos
Rio de Janeiro – RJ

Juca de Oliveira

Quero parabenizar a revista ISTOÉ pela excelente entrevista feita
com o ator Juca de Oliveira. Sou uma grande admiradora de seu trabalho há muitos anos. Dentro da dramaturgia brasileira ele certamente é
uma referência de competência e talento. Infelizmente, peças de tamanha grandeza, como a que ele está encenando, A flor do meu
bem querer, não são apresentadas em minha cidade, para que eu
e todos os meus conterrâneos possamos aplaudi-lo de perto. “Tiros

no poder” (ISTOÉ 1766).
Margarida Scalenghe
Poços de Caldas – MG

Racismo

Parabenizo a revista pela seriedade com que tratou a polêmica questão de reserva de cotas/ações afirmativas na reportagem “Muito além das cotas” (ISTOÉ 1766). A repórter conseguiu mostrar que o estabelecimento de uma sociedade mais justa no Brasil está diretamente ligado à solução de situações que o racismo velado vem criando em nosso país. A sociedade brasileira tem que se conscientizar que as cotas são uma reparação histórica. Somente dessa forma, brancos e negros poderão competir de forma igualitária.
Márcia Maria da Cruz
Belo Horizonte – MG

Desperdiçadores de tempo

Fantástica, inteligente e importantíssima para adolescentes a matéria “Reféns do relógio” (ISTOÉ 1766). É de fundamental importância que os “Desperdiçadores de tempo e dicas”, descritos pelas educadoras Juçara dos Santos e Nívea Gomes Basile, sejam trabalhados pelas escolas e pais de alunos, para que estes os auxiliem nessa difícil tarefa, que é administrar o tempo do jovem nos dias de hoje – trabalho este que certamente será positivo para ambos. Parabéns à revista ISTOÉ por divulgar tão relevante trabalho.
Ana Lucia Langello
São Paulo – SP

Gordura

Em relação à materia “Guerra à gordura” (ISTOÉ 1765), gostaria
de ressaltar que em relação aos chamados “snacks”, nem todos
possuem altas taxas de gorduras. Os salgadinhos Glico Snack e Ebicen, fabricados pela Glico Alimentos, por exemplo, possuem até sete vezes menos gorduras do que os salgadinhos encontrados normalmente no mercado, sendo que a taxa de gordura saturada é zero (segundo análise da Medlab Diagnósticos seguindo metodologia do Adolfo Lutz). Suas qualidades estão fazendo com que nutricionistas recomendem estes produtos no tratamento contra a obesidade, como uma opção para um lanche à tarde, por exemplo. Posso citar o exemplo da clínica Espaço Nutriente, no Rio de Janeiro. Segundo a nutricionista Ana Paula Cervásio, que atende no local, é indicado o consumo destes salgadinhos para
cerca de 70% das pessoas atendidas no local, dentre os quais
muitos com obesidade mórbida.
Fabio Ticara
Assessoria de imprensa
da Glico Alimentos – Ralcoh Assessoria & Estratégia de Comunicação
São Paulo – SP

Yoshiaki Nakano

Parabéns ao professor da FGV Yoshiaki Nakano, quando diz a verdade sobre nossa economia: qualquer espirro lá fora, estremece tudo aqui dentro. Isso realmente tem que acabar. Não podemos ficar dependentes de investidores ávidos por lucros e, esse tal de risco Brasil, nada mais é que pura especulação. Apenas não vejo saída para o câmbio elevado, pois é uma faca de dois gumes: fomenta-se as exportações, mas aí aumenta o custo Brasil, elevando a dívida externa, interna, custo de importação de remédios, tecnologia, insumos agrícolas, enfim, as dificuldades são evidentes da mesma forma. Outra dificuldade que vejo: diminui-se os juros internos, porém os bancos aumentam as taxas de serviços que já vêm embutidas nos empréstimos. Eles nunca perdem, pode apostar. “A nova economia” (ISTOÉ 1765).
Osvaldo F. Castro
Cruzeiro do Oeste – PR

Correção

O mapa da reportagem “Nos trilhos do Pantanal” (ISTOÉ 1766), no Mato Grosso do Sul, aparece com os nomes dos Estados trocados. Onde se lê Santa Catarina (SC) e Paraná (PR) leia-se São Paulo (SP), e onde está localizado o Rio Grande do Sul considere-se o Paraná.