23/03/2011 - 11:54
Elizabeth Taylor deixa uma "herança monumental" em matéria de apoio à pesquisa contra a Aids, destacou a amfAR, uma das principais associações americanas de luta contra a doença. "Ela era, sem nenhuma dúvida, uma das personalidades que mais inspiraram a luta contra a Aids", destacou a amfAR (American Foundation for AIDS Research) sobre a atriz hollywoodiana, que se tornou militante do combate à doença, presidindo também ações internacionais da organização.
"Ela deixa uma herança monumental que permitiu prolongar e melhorar a vida de milhões de pessoas e que enriquecerá outras, nas próximas gerações", destacou a associação. Liz Taylor esteve ao lado das vítimas da Aids desde os anos 1980. Nenhuma outra celebridade, exceto talvez a princesa Diana, foi tão comprometida no levantamento de recursos para financiar a pesquisa contra a doença, numa época na qual causava medo e as pessoas enfermas eram estigmatizadas.
A amfAR foi fundada em 1985, ano em que um outro astro de Hollywood, o ator Rock Hudson, amigo de Liz Taylor, morreu de complicações ligadas à Aids. Elizabeth Taylor lançou sua própria Fundação contra a Aids em 1991, tendo recebido, no ano seguinte, o prêmio Jean Hersholt.
Zeffirelli
"Uma diva como não existe mais": foi assim que o cineasta italiano Franco Zeffirelli reagiu nesta quarta-feira ao anúncio da morte de Elizabeth Taylor, aos 79 anos, em Los Angeles, saudando "uma mulher liberada, muito bela e inteligente". Citado pela agência italiana Ansa, o cineasta de 88 anos ainda afirmou: "estou muito triste. Perdemos uma figura memorável que tive a chance de conhecer e com quem trabalhei em dois filmes”. Zefirelli rodou com a estrela os filmes "A megera domada" (1967), no qual figurava também Richard Burton, e "Toscanini (1988).
Morte
A atriz Elizabeth Taylor morreu nesta quarta-feira (23) aos 79 anos, informou a imprensa norte-americana. A artista estava hospitalizada no Cedars-Sinai Hospital, em Los Angeles, informou a rede de televisão ABC.
Em comunicado, a agente da atriz, Sally Morrison, informou que Elizabeth morreu cercada pelos filhos. Ela estava internada havia seis semanas, após apresentar um problema no coração.
Elizabeth ganhou o Oscar duas vezes. Segundo a ABC, no fim da vida ela se tornou famosa por seus sete casamentos e pelo comportamento às vezes excêntrico. Ela vinha apresentando problemas de saúde nos últimos anos e apareceu em público em estado de saúde frágil, lembrou a rede norte-americana.
Nascida em Londres, em 1932, de pais norte-americanos, ela retornou para os EUA no final da Segunda Guerra. Em 1963, notabilizou-se pelo papel de Cleópatra. Ela recebeu o Oscar pelos filmes "Quem tem medo de Virginia Wolf?" e "Disque Butterfield 8".
Confira os filmes nos quais a atriz atuou:
1942: "There’s One Born Every Minute"
1943: "Lassie e a força do coração"
1943: "Jane Eyre"
1944: "Evocação"
1944: "A mocidade é assim mesmo"
1946: "A coragem de Lassie"
1949: "Mulherzinhas"
1950: "O pai da noiva"
1951: "Um lugar ao sol"
1951: "Quo Vadis"
1952: "Ivanhoe"
1954: "O belo Brummell"
1956: "Assim caminha a humanidade"
1958: "Gata em teto de zinco quente"
1959: "De repente, no último verão"
1960: "Disque Butterfield 8" (Oscar de melhor atriz)
1963: "Cleópatra" (primeiro filme com Richard Burton)
1963: "Gente muito importante"
1966: "Quem tem medo de Virginia Woolf?"
1967: "A megera domada"
1967: "Doutor Faustus"
1967: "O pecado de todos nós"
1967: "Os farsantes"
1968: "O homem que vem de longe"
1969: "Ana dos mil dias"
1972: "X, Y e Z"
1980: "O espelho quebrado"
1981: "General Hospital" (novela)
1984: "All My Children" (novela)
1989: "Doce Pássaro da Juventude"
1992: "Os Simpsons" (atuou como ela mesma e a voz da Maggie)
1994: "Os Flintstones" (filme baseado na animação)
1996: "The Nanny" (série de tv)