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O presidente dos Estados Unidos Barack Obama concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira sobre a crise nuclear vivida pelo Japão após o terremoto de 9 graus de magnitude que atingiu o país. No Jardim de Rosas da Casa Branca, em Washignton, o presidente afirmou que a possibilidade de vazamento de radiação na usina nuclear de Fukushima não traz riscos aos EUA.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou nesta quinta que a situação nos reatores danificados da usina japonesa continua sendo "muito séria", embora não tenha piorado desde quarta. Segundo a AIEA, a situação no reator 4 é a "de maior preocupação" até o momento.

Obama tratou de acalmar a população americana sobre o risco iminente de vazamento e a possibilidade da radioatividade viajar o oceano Pacífico até o continente norte-americano. "Nós não esperamos que níveis perigosos de radiação atinjam os EUA", afirmou.
Obama também anunciou que o país colocará em prática medidas de segurança em suas usinas nucleares. Ele ordenou uma revisão "exaustiva" dos processos operacionais nas centrais nucleares americanas.

Histórico

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o per igo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 5,4 mil mortos e dezenas de milhares de desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 200 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.