Sonhos

Dizem que o sonho é a matéria-prima das realizações. Mas, que tal acrescentarmos a esse desejo outros insumos como o trabalho, a perseverança, a confiança e, por que não, uma pitada de criatividade? Sabendo que é primordial ter os pés no chão, para não flanarmos
rumo a um poço de desilusões. Ter a consciência para não ir em
busca de uma realização tão somente para atingir uma conta bancária recheada é fundamental. O dinheiro, por si só, não traz felicidade. Devemos ir em busca não dos nossos sonhos, mas, sim, das realizações. Sonhos? Até os mais fracassados os têm. “Pés no chão e cabeça nas nuvens” (ISTOÉ 1764).
Fábio Moreira da Silva
Belo Horizonte – MG

Diplomacia

Excelente a reportagem “Morde e assopra” (ISTOÉ 1764), à qual fala que Lula deixa de ser consenso no Exterior. Engraçado é que o governo do PT só tem tido olhos e ouvidos para situações vividas pela então direita, leia-se FHC, no poder. Só em viagens, como bem colocou a reportagem, ele já superou as de FHC e tudo isso em menos de um ano como presidente do País. Vai a conferências e encontros com líderes de outros países e ainda se sente “em ritmo de campanha política”, em cima de um palanque, improvisando a torto e a direito e falando abobrinha pelos cotovelos. Um pouco de diplomacia e protocolo não fariam mal algum e arranhariam bem menos a imagem do Brasil no Exterior.
Ana LÍdia M. Hardman
New Orleans – EUA

As viagens do presidente Lula ao Exterior são muito importantes para o Brasil. Nessas viagens são defendidos pelo nosso governo os interesses nacionais. A última viagem foi bem-sucedida, mas é relevante o fato de que o presidente deve, sim, improvisar menos.
Evandro Batista Prado
Campo Grande – MS

Será que Lula não consegue dizer uma única frase sem cometer gafe? Alguém deve lembrá-lo que ele é um estadista e que carrega com ele o nome do Brasil. Ele não deveria fazer discursos de improviso.
José Schettini
Petrópolis – RJ

Lula é realmente muito engraçado. A última exigência que fez foi a de não ser avaliado por seus seis primeiros meses de governo. Ele se esquece que seu partido não somente avaliou como condenou FHC com apenas três meses de governo com o taxativo “Fora FHC” e ele nada fez para que tal fato não ocorresse.
Rodrigo Borges de Campos Netto
Brasília – DF

Reforma

Sobre a reportagem “Guerra interna” (ISTOÉ 1764), alguém ainda acredita que é possível mudar alguma coisa neste país com esse Congresso? Um amigo ouviu hoje de manhã, numa rádio aqui de Santos, um ótimo comentário de um tenente do Corpo de Bombeiros, que não está mais na ativa, sobre a greve dos juízes federais. Ele, como muitos, tem uma pendência judicial que está se arrastando há 23 anos e diante desse movimento paredista externou o seu inconformismo da seguinte maneira: “A greve dos juízes pode não surtir o efeito desejado, pois os juízes estão parados há muito tempo, e, em razão da greve, a sociedade pode acordar e ver que não existe Justiça.”
SÍlvio de Barros Pinheiro
Santos – SP

A Reforma da Previdência que o presidente combinou com os 27 governadores não é reforma e também não é Previdência. Não é reforma porque o sistema que supostamente vai garantir a aposentadoria dos assalariados do setor privado e do serviço público continuará sendo de rateio. Ou seja, a cada mês, juntam-se todas as contribuições dos assalariados em atividade e reparte-se o total pelos aposentados a pagar no mês, ao contrário do sistema de capitalização, no qual a poupança mensal feita durante os 35 anos de contribuição por todos os assalariados é que vai permitir pagar, sem ruído, as aposentadorias devidas. Também não é previdência o acerto de Lula com os 27 governadores porque aparentemente se destina tão-somente a resolver problemas imediatos de caixa desses governadores, assunto, portanto, de natureza fiscal/tributária, e não previdenciária.
Fernando Salinas Lacorte
Rio de Janeiro – RJ

O monstrengo em que está se transformando a Reforma da Previdência é cada vez maior. Não existem critérios. Criam-se cada vez mais categorias diferentes de trabalhadores. Não há fidelidade a qualquer cálculo atuarial. Não se enfrentam os verdadeiros problemas da Previdência. Manipulam-se e mente-se em relação aos dados da Previdência. Joga-se trabalhadores da iniciativa privada contra servidores públicos, ignoram-se regras de transição entre o que existe e o que se quer criar. Que bagunça! O presidente deveria ter a humildade de reconhecer que as discussões estão tomando um caminho errado. Na ocasião de sua posse, ele afirmou que se errasse iria reconhecer o erro. Retire esse projeto do Legislativo
e vamos recomeçar.
Mauro Z. L. Pinto
Biguaçu – SC

Os verdadeiros marajás da Previdência são os membros do Ministério Público. Não existe inativo recebendo menos de R$ 10.000 em todo o Brasil. É bom que a sociedade tenha conhecimento desta realidade.
Ao menos, neste item os magistrados ficam em segundo plano.
Antônio Carlos de Lima
Goiânia – GO

A reforma tem de abranger o alto escalão do Judiciário, do Legislativo
e do Executivo. O presidente tem de enfrentar todos os obstáculos, custe o que custar, doa a quem doer. Ele não pode se abster de
certas categorias. Só resta duas saídas: ou faz a reforma ou deixa
para o próximo.
Carlos Arthur Schwarz
Vitória – ES

Sob a máscara do direito adquirido e da independência dos Poderes, o Judiciário – para manter intacto seus privilégios – não hesita em lançar mão de sua especialidade: o corporativismo.
Dermival Moreira dos Anjos
Recife – PE

Armas

O Estatuto do Desarmamento parece piada. Parabéns ao deputado Luiz Eduardo Greenhalgh. Será que os seguranças que o cercam também vão deixar de portar armas? Ao contrário do que ele afirma, acho que agora é que a farra da bandidagem vai começar. “Arma, nem de brinquedo” (ISTOÉ 1764).
Glauco José Chagas
Curitiba – PR

O fim do porte de armas, infelizmente, não significa o fim da violência nem o da corrupção. O uso de armas brancas continua livre. A gora, com certeza, irá aumentar.
Iaponira B. T. Ribeiro da Costa
Recife – PE

Nasceu o Estatuto do Desarmamento. Só o cidadão estará privado de mais um de seus direitos, o direito à vida, por absoluta falta de meios para exercê-lo. Violência não se acaba por decreto.
Antônio Fernando Magalhães Jr.
Brasília – DF

Heloisa Helena

A Heloisa Helena sempre foi semeadora de sonhos e de posicionamentos na vida política nacional. Muito fez para transformar o PT no que ele é hoje. Bastou o PT chegar ao poder para tentar calar tão brava e aguerrida companheira de lutas, que tem opiniões contrárias na maneira de conduzir a reforma da Previdência. Se o partido não concorda com sua posição, também não pode expulsá-la, correndo o risco de ficar na contramão da democracia. Os piores demônios que existem são os da nossa própria casa, pois eles conhecem nossas fraquezas. “Musa pop radical” (ISTOÉ 1764).
SÉRGIO CAPORASSO
Curitiba – PR

A sendora Heloisa Helena e os demais radicais do PT só recebem apoio nas suas transloucadas defesas devido à ambiguidade do governo petista, que não se posiciona com coerência.
Lander das Dores Silva
Belo Horizonte – MG

Turismo

Maravilhosa a reportagem “O retorno do ouro” (ISTOÉ 1764), mas acredito que nosso ouro não retornou, sempre esteve aqui, talvez um pouco esquecido em virtude da badalação do turismo no litoral. Serviu para relembrar o que representa o Estado de Minas Gerais em potencial histórico, cultural e natural. Como retratado por ISTOÉ temos história viva retratada na arquitetura ainda intacta e nossa arte barroca é tida como uma das belas do mundo. Mas é preciso lembrar que Minas tem muito mais. As mais importantes estâncias hidrominerais do País, famosas por seus efeitos curativos e benéficos à saúde, estão aqui, nos municípios de São Lourenço, Caxambu e Poços de Caldas, sem esquecer das águas termais de São Sebastião do Paraíso. Temos ainda no sudoeste de Minas, a região banhada pelo lago de Furnas, onde o turismo ecológico, náutico e de pesca; com visitação de cachoeiras e canyons; ranchos e pousadas em suas proximidades têm transformado o lago em uma referência para turistas de diversas regiões do País e do Exterior. Conhecer o lago de Furnas é estar em contato com natureza intacta e o mais belo nascer e pôr-do-sol. E por onde quer que o turista vá, encontrará gente hospitaleira, que faz das pousadas e hotéis uma verdadeira casa de família, comida mineira, com tutu de feijão, torresminho, frango caipira, tudo feito no fogão a lenha, além dos queijos, doces, quitandas e cachaças artesanais.
Marisse Dizaró Bonfim
São Sebastião do Paraíso – MG

Iraque

Tony Blair deveria aproveitar a oportunidade sinistramente surgida
com o suicídio do cientista David Kelly e renunciar ao mandato.
Se ficar esperando o apoio de Bush, a quem não se envergonha
de ter sido tão subserviente na recente usurpação do Iraque, vai
acabar sendo crucificado pelo Parlamento britânico. “A realidade…
E a farsa” (ISTOÉ 1764).
Habib Saguiah Neto
Marataízes – ES

Asma

Parabéns pela reportagem “Tempo de crise” (ISTOÉ 1764). Sou pneumologista e fiquei muito feliz com a matéria sobre asma. Apesar
de todo o conhecimento sobre a doença e dos medicamentos excelentes de que dispomos atualmente, a incidência da asma vem aumentando, assim como a gravidade das crises. A melhor forma de melhorar a vida destes pacientes é através da informação, pois bem controlados os asmáticos podem e devem ter vida completamente normal. Impressiona
a quantidade de pacientes que nem mesmo sabem que têm asma ou
que tentam minimizar sua doença com outros nomes. O tratamento realmente muda a qualidade de vida dos asmáticos. Só discordo no
que diz respeito a corrida e ciclismo. Qualquer atividade física pode desencadear crise no asmático não controlado. Alguns asmáticos só
têm crises noturnas ou quando fazem esforços, ou ainda desencadeadas pelo uso de AAS. Quando adequadamente identificados e medicados,
a melhor modalidade física é aquela que dá prazer, e que, portanto,
será realizada com frequência.
Iara nely Fiks
São Paulo – SP

Lalau

É comum ouvir que as leis podem ter interpretações divergentes entre juízes. Mas por que para os ricos, como o juiz Lalau, a tradução sempre lhes é favorável, enquanto no julgamento de causas populares ela, a
lei, é engessada? Seria apenas o jabá? Ou a necessidade vaidosa de aparecer que também frequenta o caráter dos homens da lei? Ou as
duas coisas? Tudo bem que está na lei que pessoas doentes e mais velhas podem gozar da prisão domiciliar em alguns delitos cometidos.
Mas e os abandonados pela sorte nas penitenciárias, cujas penas às vezes já até prescreveram, e, como não têm dinheiro para bons advogados, lá permanecem? As leis acolhem interpretações ambíguas
e eu acho que isso é proposital.
Jeferson Malaguti Soares
Belo Horizonte – MG

Cachaça

A Companhia Müller de Bebidas, fabricante entre outros produtos da Cachaça 51, gostaria de parabenizar a jornalista Lia Vasconcelos, bem como a direção editorial da Revista ISTOÉ, pelo excelente trabalho jornalístico que resultou na matéria “Efeito Orloff” (ISTOÉ 1764), a qual se refere a uma pesquisa que revela que componentes químicos da cachaça dão menos ressaca que o uísque. A referida matéria demonstra com clareza e rigor técnico, a partir de estudos químicos desenvolvidos pelo laboratório da USP em São Carlos, que a cachaça contém concentração de aldeídos inferior à encontrada nos uísques. A Companhia Müller de Bebidas investe anualmente não só recursos em estudos, pesquisas e desenvolvimento, mas toda uma filosofia de respeito ao consumidor, no sentido de garantir a mais qualificada e quimicamente elaborada cachaça brasileira. É a única do setor a possuir os certificados ISO 9001 e ISO 1402. O reconhecimento em órgão com a responsabilidade e isenção profissional de ISTOÉ de que o destilado mais consumido no Brasil pode ter, se elaborado com tecnologia avançada, qualidade superior à da bebida mais sofisticada do mundo, é para os colaboradores da empresa motivo de orgulho e recompensa pela seriedade do trabalho.
Milton Bigi
Diretor de Marketing
Companhia Müller de Bebidas
Pirassununga – SP

Fax Brasília

O acordo fechado entre os caciques cearenses Tasso Jereissati e Ciro Gomes com Juraci Magalhães para salvar da cassação o deputado estadual Sérgio Benevides é no mínimo vergonhoso. Reafirma de forma escancarada que no Brasil ainda é permitido roubar do governo e ficar impune. “E viva a política” (ISTOÉ 1763).
Adriel B. Leão
Fortaleza – CE

Linda

Em Frases (ISTOÉ 1763) a modelo Linda Evangelista disse uma que
doeu na alma. Ela disse: “Se eu não fosse bonita, seria professora.
” Sou professora e me orgulho disso, mas penso que é o cúmulo quando as pessoas dizem as coisas sem pensar e ofendem. Se ela chegou
onde está, certamente, um dia teve um (a) professor (a) ou não?
Eu começo a imaginar outras coisas, do tipo: “Se eu fosse bonita
e burra, seria modelo.”
Sivana Nymann Santos
Concórdia – SC