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Jogadores brasileiros de futebol desembarcaram na tarde desta quarta-feira no Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro, em Guarulhos, Grande São Paulo, após presenciarem a destruição na cidade de Sendai, onde moram, que fica na região mais atingida pelo terremoto que devastou o Japão. Emocionados e aliviados, ambos declararam só pensar em descansar com a família antes de decidir o futuro.

O volante Max Carrasco, jogador do Vegalta Sendai, estava almoçando com seu parceiro de clube Marcos Gomes Araújo, o atacante Marquinhos Cambalhota, ex-Kashima Antlers, quando sentiu os tremores. Os dois se refugiaram em um estacionamento em frente. "Caíram muitos postes e, mesmo com as casas preparadas para esta situação, a minha rachou", conta Carrasco. Nenhum brasileiro que conhecem ficou ferido.

Além do terror, os dias que se seguiram foram de muita necessidade e incerteza. Os jogadores contam que não havia aquecedores elétricos para o frio do hemisfério norte, a comida era escassa e não havia água para o banho. A vontade era de voltar imediatamente para casa, mas com o racionamento não se encontrava combustível para a viagem até o aeroporto de Tóquio.

Marquinhos relata que se refugiou na casa da sogra de um diretor do clube em que atua. As refeições consistiam de macarrão instantâneo. "Chegamos a ficar três horas na fila para conseguir mantimentos", relatou ao chegar. Apesar do susto, o atacante afirma que tem intenção de cumprir o contrato com o Vegalta Sendai, assim que o clube conseguir se reerguer. "Tenho muito carinho pelo futebol e pelo pessoal do Japão", disse.