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Por questão de segurança, devido aos recentes acontecimentos no Japão, os dirigentes do Kashiwa Reysol se reuniram com o técnico brasileiro Nelsinho Batista, durante a manhã desta terça-feira, e decidiram liberá-lo para que volte ao Brasil. Isso pelo período mínimo de 15 dias até que a situação no país se normalize. Ele deve desembarcar em solo brasileiro nesta quinta.

O Ministério das Relações Exteriores do Japão emitiu uma nota, durante a tarde da última segunda-feira, pedindo que todos os brasileiros evitem viajar ao país. A principal preocupação é o risco de um acidente nuclear em razão dos vazamentos nas usinas causados pelos terremotos, que foram seguidos por tsunamis na última sexta-feira.

No momento do terremoto, o técnico brasileiro e sua equipe viajavam de trem rumo a Tóquio, partindo em seguida para Osaka, na região sul do país, contrária à região do terremoto. Lá enfrentariam o Cerezo Osaka, dirigido pelo também brasileiro Levir Culpi, pela segunda rodada da J-League, a primeira divisão do Campeonato Japonês.

Por causa do terremoto que devastou parte do país, o Campeonato Japonês foi paralisado por tempo indeterminado nesta terça-feira. A situação foi lamentada por Nelsinho Batista. "É muito triste ver este povo sofrer mais uma vez. Tenho uma ligação muito grande com o Japão e me solidarizo com eles. Estava viajando quando o terremoto aconteceu. Mas estava indo para o sul, distante da tragédia", revelou o treinador, que voltará ao Brasil acompanhado da esposa, da filha menor e também do filho Eduardo Batista, que trabalha como preparador físico do clube.

Antes do campeonato nacional ser paralisado, o Kashiwa Reysol estreou com vitória sobre o Shimizu S-Pulse, por 3 a 0. O time de Nelsinho Batista ainda conta com três brasileiros: Roger, Jorge Wagner e Leandro Domingues. Os últimos dois marcaram um gol cada na estreia da competição.

O caso de Nelsinho Batista é apenas mais um em meio a vários que envolvem atletas e técnicos estrangeiros que trabalham no Japão. O italiano Alberto Zaccheroni, treinador da seleção japonesa de futebol, voltou para a Itália depois do terremoto, fato que lançou dúvidas sobre os amistosos programados para o final de março, contra Montenegro e Nova Zelândia.

Situação parecida com a de Batista e Zaccheroni vive o brasileiro Oswaldo de Oliveira, técnico do Kashima Antlers. O seu clube sofreu estragos causados pelo terremoto de sexta-feira e o técnico ainda não sabe quando voltará a comandar sua equipe em uma partida em solo japonês.