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Em 2006, centenas de pessoas perderam a
vida depois do tsunami que atingiu a Indonésia

As tsunamis são causadas por terremotos submarinos e acontecem essencialmente nas zonas de fortes movimentos tectônicos, como algumas regiões do Pacífico e da Ásia. A onda da tsunami, nascida do choque sísmico de cima para baixo da massa oceânica, tem várias centenas de metros de espessura e ganha energia toda vez que bate contra o solo submarino. A velocidade de propagação de uma tsunami no mar beira os 800 km/h. Massas de água gigantescas baixam em profundidade ao longo das deformações do solo marinho, ao contrário das ondas comuns, que afetam apenas a superfície da água.

Durante sua propagação no mar, uma onda perde muito pouca energia. Pode, portanto, percorrer distâncias consideráveis e destruir costas situadas a milhares de quilômetros de seu mecanismo gerador. Em 1960, um terremoto de 9,5 graus na escala Richter no Chile desencadeou uma tsunami devastadora que chegou ao Japão. Quando a onda se aproxima do litoral, a profundidade do mar diminui e provoca então um aumento de sua altura, que pode chegar a mais de 20 metros. "A primeira onda tem a tendência de se retirar da costa. É um sinal precursor muito conhecido das tsunamis", explica David Booth, sismólogo do Instituto de Edimburgo (Escócia).

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Mais de 250.000 pessoas morreram em decorrência
do terremoto que atingiu o Haiti no ano passado

Os principais países costeiros do Pacífico coordenam atualmente suas observações para prevenir os riscos provocados por estas ondas oceânicas. Um centro de alerta de tsunamis reúne as informações no arquipélago do Havaí (Estados Unidos).

Apesar da maior parte das tsunamis ser registrada depois de um terremoto, existem outras origens possíveis, segundo o geofísico francês Emile A. Okal: as avalanches submarinas, às vezes desencadeadas por sismos como na Papua Nova Guiné em 1998 (2.000 mortos), a explosão de um vulcão como no caso do Krakatoa, pequena ilha entre Java e Sumatra (36.400 mortos em agosto de 1883), ou a queda de um asteróide no mar.

Alguns maremotos menores também podem ser provocados por fenômenos meteorológicos como as mudanças de temperatura violentas que resultam em tempestades e fortes ventos.

Conheça os terremotos mais mortais dos séculos XX e XXI:

– 28 de dezembro de 1908, em Messina, Itália: terremoto e maremoto causaram 83 mil mortes. (7,5 graus)
– 16 de dezembro de 1920, em Ningxia, China: 235 mil mortos. (8,5 graus)
– 1º de setembro de 1923, em Yokohama, no Japão: 140 mil pessoas morreram no terremoto e incêndio. (8,2 graus)
– 22 de maio de 1927, em Nanshan, na China: mais de 200 mil mortos. (8,0 graus)
– 23 de maio de 1927, em Gansu, na China: mais de 80 mil mortos. (8.0 graus)
– 30 de maio de 1935, em Quetta, na Índia (agora Paquistão). Mais de 50 mil mortos. (7,6 graus)
– 31 de maio de 1970, em Monte Huascaran, no Peru: terremoto e avalanche mataram 66.800 pessoas. (7,5 graus)
– 28 de julho de 1976 na cidade de Tangshan, na China: 242 mil mortos e 164 mil feridos. (7,8 graus)
– 26 de dezembro de 2004, um terremoto frente às costas de Sumatra (Indonésia) provoca um maremoto (tsunami) que atinge 11 países do sudeste asiático causando 288.800 mortes (9 graus)
– 8 de outubro de 2005, Paquistão-Índia: tremor de magnitude 7,6 na escala Richter causa a morte de 75.000 pessoas no Paquistão e na Índia, concretamente na região de Caxemira.
– 27 de maio de 2006, Indonésia: Mais de 2.000 pessoas morreram em um violento tremor que afetou a ilha indonésia densamente povoada de Java (7,5 graus)
– Maio 2008, China: um terremoto na província de Sichuan (sudoeste) deixa 87.000 mortos e desaparecidos (7,8 graus)
– 12 de janeiro de 2010, Haiti: um terremoto deixa entre 250.000 e 300.000 mortos, e mais de 300.000 feridos. (7 graus)
– 27 de fevereiro de 2010, Chile: um tremor seguido por tsunami alcançou o centro do Chile e deixou 523 mortos e 24 desaparecidos. (8,8 graus)
– 13 de abril de 2010, China: Um terremoto atinge a provínia de Qinghai (noroeste) e deixa 2187 mortos e 80 desaparecidos. (6,9 graus)