Sorria

Sobre a reportagem “Ilumine seu sorriso” (ISTOÉ 1762), considero importante abordar os avanços da odontologia brasileira. Mas, como bem ressalta a matéria, esses avanços são disponíveis apenas para uma parcela pequena da população, a chamada “parte Bélgica” de nosso País. Porém, devemos, com a mesma importância, senão maior, ressaltar que milhões de pessoas neste país estão sem acesso digno à atenção em saúde bucal e por isso ainda temos quadros epidemiológicos de doenças bucais dramáticos, principalmente para a população adulta. Infelizmente, ainda assistimos a graves ameaças de piorar esse quadro quando um Projeto de Lei (PL 510/03, do deputado Carlos Souza, do PL-AM), que se encontra em tramitação na Câmara dos Deputados, propõe a revogação da Lei 6050/74 que trata da fluoretação de águas de abastecimento em estações de tratamento de água, método reconhecido internacionalmente como um dos mais eficazes e de maior cobertura populacional para a prevenção da cárie dental; método este que, para muitos brasileiros sem acesso a outros programas preventivos, é o único para prevenir a cárie dental, doença bucal de maior incidência no País. O método, que vem sendo usado em muitos municípios brasileiros – infelizmente ainda não em todos –, é um dos responsáveis pela redução da incidência da cárie dental em crianças brasileiras nos últimos anos. Ainda temos muito a caminhar para melhorar a saúde bucal de toda a população brasileira, mas é uma pena que ainda tenhamos que assistir a tentativas visando ao retrocesso da saúde brasileira.
Celso Zilbovicius
Cirurgião dentista e sanitarista
São Paulo – SP

Excelente a reportagem. Essa possibilidade é realmente um sonho para a maioria dos brasileiros. Ainda bem que não pagamos para sorrir. Com ou sem dente, o sorriso é uma cortesia divina, independentemente do poder aquisitivo. Se o sorriso tivesse o mesmo custo do tratamento dentário, pobre morria sem saber o que era um sorriso.
Iaponira B. T. Ribeiro da Costa
Recife – PE

Muito boa a reportagem. Ela nos dá dicas para escolhermos o melhor tratamento dentário, com eficiência, durabilidade e preço. O que me deixa triste é saber que 30% dos brasileiros não têm condições de ir ao dentista e apenas 15% podem frequentar consultórios particulares. Isso é mais um resultado da péssima distribuição de renda.
Sérgio A. Silva
Sacramento – MG

Pena que mais uma vez estamos falando de um assunto que acaba por cair nas malhas da vaidade, a que apenas alguns privilegiados podem ter acesso. Assim como na cirurgia plástica, depois as “lipo “ e os silicones, o tratamento que proporcionará os dentes mais brancos é um privilégio da minoria, no país dos desdentados.
Antônio Auggusto João
São Paulo – SP

Marina

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Parabéns a ISTOÉ pela entrevista com a guerreira Marina Silva, nossa ministra do Meio Ambiente. Lula não poderia escolher pessoa melhor para representar o interesse dos povos da floresta. Ele buscou no coração da Amazônia alguém que pudesse falar a linguagem ecológica. Porém, a senadora deveria envolver a sociedade nesses assuntos de preservação e criar câmaras setoriais para discutir o meio ambiente urbano. Nossos rios e igarapés estão sendo poluídos por falta de tratamento de esgotos nas cidades, nascentes estão morrendo e a falta de controle no destino final do lixo urbano vem gerando a cada dia discussões sem fim. Ela tem que fazer alguma coisa e urgente. “Marina vai à luta” (ISTOÉ 1762).
Alcebíades Flávio da Silva
Porto Velho – RO

PMDB

Pelo menos se deu o direito de defesa a alguém que vem sendo massacrado pelos meios de comunicação. Infelizmente, as reportagens abordando “suposições” têm destruído a imagem do governador Joaquim Roriz, que tem o apoio da maioria da população do Distrito Federal. Afinal de contas, foi eleito quatro vezes. Emitir pareceres sem o julgamento deles pode destruir alguém injustamente e é isso que têm feito a imprensa e o presidente. “Todos por um” (ISTOÉ 1762).
Francisco de Assis Rocha
Brasília – DF

A nota divulgada pelo PMDB demonstra a mediocridade de nossa classe política. Nossa Constituição proclama que o povo exercerá o poder por meio de representantes. Como pode então o PMDB, ou qualquer outro partido, cujos partidários foram eleitos por nós, ameaçar a governabilidade desta nação? Com certeza, nossos políticos estão muito mais interessados em seus umbigos do que realmente em levar à frente um projeto de crescimento político-social, que acabe com a miséria, o desemprego e a desigualdade social deste nosso Brasil.
Valdiney Rondon Maidana
Cuiabá – MT

Reforma agrária

Não vejo os deputados reagirem com a mesma força contra grileiros que atuam no País. Nem poderia. Alguns são seus próprios pares e estão à margem da lei. No meu entendimento, é um péssimo exemplo, pois a conivência nem se assemelha ao fato de o presidente ter apenas colocado um boné. “Bola dividida” (ISTOÉ 1762).
Edson Maciel Junior
Vitória – ES

O Brasil que está dando certo está no campo. Através do agribusiness o País tem conseguido alavancar excelentes negócios no Exterior, conseguindo competir com países que aplicam milhões em subsídios agrícolas. Pena é assistirmos ao movimento do MST, que marcha em desencontro com o progresso. Hoje já se sabe que trabalhar na área requer investimentos em tecnologia e muita dedicação, e parece não ser esta a vocação dos integrantes do MST. Não tem mais cabimento pensar em povoar lotes em áreas de cultivo com gente que no máximo sabe pegar em enxada, plantando para subsistência, isso quando não arrenda as terras doadas pelo governo. É evidente que o MST é um movimento socialista que subverte a ordem e deseja, através da reforma agrária implementar o socialismo no campo, com a complacência e admiração de diversos integrantes do governo.
Marcelo do Vale Nunes
Porto Alegre – RS

Parece piada o alarde que fazem pelo fato de Lula ter colocado o chapéu do MST. Aliás, se é tudo que se tem para falar dele, que maravilha, porque dos demais presidentes o que se tem a dizer são denúncias de desvios monumentais (olha só o do Banestado, de 30 bilhões de dólares), entreguismos, torturas, etc. Mas seria interessante lembrar que grande parte do latifúndio brasileiro não foi legalmente adquirido. Não é de hoje que vemos denúncias, sem que absolutamente nada aconteça, tratando-se então de invasores legalizados pela inoperância da justiça brasileira.
Sônia de Aguiar Montenegro
Rio de Janeiro – RJ

A assessoria do presidente Lula deveria instruí-lo melhor. Apoiar a reforma agrária é justo e deve ser o dever de todo soberano com um mínimo de consciência social. Agora apoiar um movimento que prega a balbúrdia e o descumprimento constitucional é uma inconsequência e demonstra o quanto ele é mal assessorado.
Lander das Dores Silva
Belo Horizonte – MG

Desemprego


É desolador sair da faculdade sem ao menos ter expectativa de conseguir emprego. Faça as contas: são, no mínimo, quatro anos de dedicação e empenho não recompensados. Que essa situação pelo menos se estabilize para que ainda tenhamos motivação para ingressar num curso superior. “Queremos emprego!” (ISTOÉ 1762).
Camila Rita de Lima Dias
Itajubá – MG

Torna-se necessário restabelecermos a ordem das relações e evitarmos possíveis distorções que podem comprometer toda uma geração. Guilherme de Oliveira, 47 anos, engenheiro, concorrendo a uma vaga de gari; Camila Ferraz, 25 anos, com formação em propaganda e marketing, tendo tido experiência profissional em duas conceituadas empresas; Kátia Batista, 26 anos, bela, também disputando uma vaga para a função de gari; Lula, metalúrgico, sem formação acadêmica nem experiência administrativa, ocupa o cargo de presidente da República. Diante de tal situação vexatória, o que podemos esperar deste país? Em quem devemos nos espelhar?
Moacyr Rodrigues Nogueira Filho
Salvador – BA

Aviação

É com grande lamento que leio a matéria “História pelos ares” (ISTOÉ 1762). O descaso com a memória de nosso maior fenômeno é ainda maior do que pensava. Interesses pessoais e políticos fazem com que percamos nossa identidade cultural. Eu imagino o que os franceses ou americanos não fariam se Santos Dumont tivesse a nacionalidade deles. Recomendo aos jovens que leiam um pouco a linda história da aviação brasileira. Com certeza, os aviadores da Embraer tiveram inspiração em Santos Dumont, levando o nome do Brasil aos céus de dezenas de países. Além disso, nosso Sistema de Aviação Civil está entre os dez melhores do mundo. Espero que a matéria seja um alerta aos apaixonados pela aviação para cobrar das autoridades atitudes cabíveis.
Selma Moura Gomes
São Paulo – SP

Parabéns pela reportagem. Santos Dumont, nosso herói brasileiro, é mais conhecido no Exterior do que no Brasil. Santos Dumont e outros tantos heróis nacionais mereciam um pouco mais de respeito.
Cristian Ghion Zorzan
Palmas – PR

Vergonha, vergonha, vergonha! Este é o único adjetivo que consigo encontrar para poder definir o descaso que o Brasil tem com os seus verdadeiros heróis. Que estímulo teriam as nossas crianças de, futuramente, quererem lutar por um país que nem sequer consegue lembrar daqueles que, através de muita dedicação e audácia, tanto enalteceram o seu nome mundo afora? Cultivar a memória dos nossos mártires é alimentar o orgulho de uma nação que precisa acreditar mais nos seus sonhos. Santos Dumont acreditou e deu asas aos seus sonhos
Mosair Machado da Silveira
Anápolis – GO

Reprodução humana

Sucinta e muito bem escrita a matéria da jornalista Juliane Zaché, “Um embrião, dois sexos” (ISTOÉ 1762). A mesma, no entanto, merece adendos importantes. A finalidade da pesquisa não sugere ser a obtenção de um embrião com dois sexos (hermafrodita, portanto) e sim demonstrar que um embrião pode incorporar células de outro embrião. Para demonstrá-lo facilmente, o diferencial das células XY (masculinas) e XX (femininas), presentes em um mesmo embrião que jamais seria transferido para o útero, representou um marcador simples de identificação desta alternativa. Postula-se na verdade estabelecer a possibilidade de tratarmos um embrião “doente”, portador de uma modificação genética (mutação), através da incorporação de células normais sem mutação. Desta maneira poderíamos identificar uma nova forma de tratamento genético. Claro está que questões éticas relacionadas a estes experimentos devem ser normatizadas.
Prof. Thomaz Gollop
Livre Docente em Genética Médica pela
Universidade de São Paulo
São Paulo – SP

EUA

Como mostra a reportagem “A lei do mais forte” (ISTOÉ 1762), Bush retira ajuda militar aos países que apoiaram a criação do Tribunal Penal Internacional. Sobre isso, tenho o seguinte a dizer: as maiores críticas aos regimes comunistas são a restrição às liberdades fundamentais e o fato de que neles não há espaço para contestação do poder constituído. Diante do que os EUA vêm praticando, a semelhança é inconteste.
Jeferson Malaguti Soares
Belo Horizonte – MG

Governo


Com referência à reportagem “Tiroteio Federal” (ISTOÉ 1761),
cumpre esclarecer que, ao contrário do que sugere a matéria, não
houve qualquer falha na avaliação do currículo do ex-servidor citado. Conforme análise feita pela Casa Civil, o sr. Sérgio de Souza Pimentel
não figura como proprietário de empresa, conforme, inclusive, apurou
a própria reportagem. É relevante assinalar também que, quando
afirma que “o governo não teve a mesma cautela ao nomear Pimentel”,
a matéria omite que o fato deste ex-servidor ter sido dono de empresa
e ao mesmo tempo funcionário do Ministério dos Transportes ocorreu durante o governo anterior, e não no governo atual. Reiteramos
também que as liberações de verbas citadas na matéria obedeceram
a estrita sequência da ordem cronológica de pagamentos, conforme
já relatado e como atesta Nota Técnica do Departamento Nacional
de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT).
Telma Feher
Assessoria Especial da Casa Civil da Presidência da República
Brasília – DF

Casaldáliga

É emocionante ler sobre um homem que, com toda a coragem e ousadia, quis se dedicar aos mais pobres e necessitados deste país. Parabéns, padre Pedro Casaldáliga. O senhor não teve medo, não se encastelou em um mosteiro ou igreja das cidades grandes, fez o que tinha de fazer e com certeza já viu brotar muitos frutos desse seu belo trabalho. “O ensaio do adeus” (ISTOÉ 1761).
Rosângela Xavier
Rio de Janeiro – RJ

Caso Banestado

A propósito da reportagem “Nos EUA, os primeiros punidos” (ISTOÉ 1761), edição de 2/7/2003, páginas 28/29, devo informar-lhes que a respeito da afirmação de que o caso MetroRed – “No Brasil, o caso, mais uma vez, acabou em pizza” – não corresponde à verdade. Fui o Promotor de Justiça encarregado da investigação criminal deste caso. Após oito meses de exaustiva investigação, há aproximadamente dois anos ofereci denúncia, pelo crime de lavagem de dinheiro, contra três dos investigados, sendo dois deles ex-diretores da empresa. Na investigação apurei propina para a Prefeitura de São Paulo da ordem de US$ 2 milhões. Ocorre que o juiz de direito rejeitou a denúncia, por considerar o fato atípico. Recorri ao Tribunal de Justiça de São Paulo e, há dois anos, ainda não houve julgamento do recurso. Assim é que o caso ainda não se encerrou e, portanto, “não terminou em pizza”. E no que diz respeito ao Ministério Público, fizemos a nossa parte. As cópias integrais dos autos encontram-se no Gaeco, sob os cuidados do promotor que me sucedeu – dr. Márcio Christino –, e pretendo, caso o recurso seja provido, dar continuidade com o processo, pessoalmente.
Marcelo Mendroni
Promotor de Justiça
Criminal de São Paulo
São Paulo – SP

ISTOÉ responde: O dr. Marcelo Mendroni é um raro bom exemplo de determinação na busca da Justiça. Ele tem razão quando diz que não corresponde a verdade a frase “No Brasil, o caso (MetroRed) acabou em pizza.” De todo modo, é bom lembrar também que ninguém ainda foi parar na cadeia. No entanto, o distinto promotor da Justiça Criminal da capital, dr. Mendroni, está na luta para que a pizza não saia do forno e os culpados sejam punidos.

Telefone

A cada dia que passa, tomamos conhecimentos de fatos escabrosos que fazem parte da privatização da telefonia no Brasil. É inadmissível que a Anatel tenha um poder tão forte como foi mostrado na matéria veiculada em ISTOÉ. A privatização foi celebrada como uma inclusão das pessoas de baixa renda. Mas estamos vendo que iremos retornar ao modelo antigo. Tempo em que apenas as pessoas de maior poder aquisitivo podiam ter telefone em casa. Pergunto: foi para favorecer sempre e cada vez mais as empresas que tivemos a privatização? Se antes a inadimplência era enorme, será que a mesma não irá aumentar a partir de agora? “Cuidado com o telefone” (ISTOÉ 1761).
Joaquim Filho Lima Correia
Fortaleza – CE

Juízes

Muito boa a matéria “Eu amo meu contracheque” (1760). Realmente a situação da aposentadoria dos privilegiados juízes e militares é de envergonhar. A Constituição diz que todos somo iguais, mas juízes se acham diferentes e acima de tudo. Francamente.
Vanderlene Leite S.Victorino
Barueri – SP

Vivemos realmente em um país de dois pesos e duas medidas. Passamos a vida inteira ouvindo que não é permitido ao cidadão ter mais de uma aposentadoria. O ministro, presidente do STF, Maurício Correa, está prestes a receber sua terceira aposentadoria, totalizando R$ 29 mil. Isto é um absurdo! Uma afronta ao assalariado brasileiro
Claudiane Longo Motta
Tubarão – SC

Que absurdo. Enquanto milhões de pessoa não têm absolutamente nada, uns poucos se acham no direito de querer tudo.
Deyner Faria
Goiânia – GO

Errata

Na reportagem “Escola da droga” (ISTOÉ 1760), o número de colégios pesquisados pela Unesco foi de 455 e não de 9.270, que é o número de escolas existentes nas capitais estudadas. Houve um outro equívoco, quando se diz que 92% dos alunos afirmam que cometeram algum tipo de transgressão. Esse porcentual refere-se aos estudantes que informaram que usam drogas regularmente.


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