Um dos seres mais estranhos que o circo do rock já criou não poderia ter nomeado seu recente álbum de jeito mais apropriado. A era dourada do grotesco – tradução do título em português – também reúne todas as idiossincrasias do roqueiro maquiado, sempre a postos para assustar pais incautos com sua voz satânica, que, no palco, ganha mais intensidade pela coleção de maquiagem e adereços duplamente diabólicos. The golden age of grotesque não é um disco para qualquer ouvido. É preciso ter sintonia com o peso pesado do rock ritualístico e, particularmente, com a revolta quase paranormal de Marilyn Manson e sua banda de esquisitos. No Brasil, as primeiras 20 mil cópias do CD saem com o DVD Doppelherz, assinado pelo próprio Manson. No filme de 26 minutos, ele fala as maiores insanidades num roteiro tão precário quanto suas imagens.