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Nos dois primeiros meses de 2011, foram registrados 13.114 casos suspeitos de dengue no Estado do Rio de Janeiro – 296% a mais do que no mesmo período do ano passado, quando o número de notificações ficou em 3.308. Em janeiro e fevereiro deste ano, sete pessoas morreram – três em cidades da Baixada Fluminense, duas no Grande Rio, uma na Região dos Lagos e uma na capital.

A pequena Bom Jesus do Itabapoana, no noroeste fluminense, é o primeiro município a enfrentar um surto da doença. Dos 33.305 habitantes, 649 tiveram dengue – cerca de 2% da população. O número de notificações suspeitas ultrapassa os mil e a taxa de incidência atinge 1.950 casos por 100 mil habitantes. O único hospital da cidade está lotado e atende a mais de 60 pacientes diariamente.

A Secretaria de Estado de Saúde montou, esta semana, um centro de referência para atendimento de casos suspeitos de dengue no município e enviou 50 bombeiros para reforçarem o trabalho dos agentes de endemias da prefeitura. "O importante é organizar a rede básica. O melhor tratamento para a dengue ainda é a hidratação e o acompanhamento clínico. Por isso montamos o centro de referência", afirmou o superintendente de Vigilância Ambiental e Epidemiológica, Alexandre Chieppe.

Agentes da secretaria visitaram municípios da Baixada Litorânea e Baixada Fluminense para determinar os próximos locais que receberão os centros de referência. A intenção da secretaria, explica Chieppe, é se antecipar ao aumento de casos.

Depois de Bom Jesus de Itabapoana, os municípios com as maiores taxas de incidência são Cantagalo, na Região Serrana, com 852,3/100 mil habitantes, Santo Antônio de Pádua, no noroeste fluminense, com 845,5/ 100 mil habitantes, e Magé, na Baixada Fluminense, com 526,4/100 mil habitantes. A capital registrou 4.305 casos, com taxa de incidência de 64/100 mil habitantes.