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Enquanto credores aprovavam, na tarde da quinta-feira 24, o plano de recuperação judicial e a venda da Daslu para a Laep Investiments, o empresário Marcus Elias acompanhava tudo do outro lado do mundo. Com dez horas de diferença de fuso horário, o novo dono da grife estava em Borobodur, em Jacarta, na Indonésia, numa viagem de meditação com um celebrado monge tibetano, o Lama Gangchen Rimpoche.

“Estou ligadíssimo, acompanhando os acontecimentos”, disse ele, enquanto arrumava as malas rumo à Europa. Em Portugal, a Laep comprou um terço da EmPark, maior empresa de estacionamentos da Península Ibérica, que fatura 200 milhões de euros.  

Pelo acordo na justiça, a Laep assume R$ 44 milhões em dívidas da Daslu e fará um aporte de R$ 21 milhões. A dívida na recuperação judicial era de R$ 80 milhões, sem considerar o montante estimado em R$ 500 milhões com a Receita Federal. Essa pendência permanece com a empresária Eliana Tranchesi.

“A Laep compra hoje o futuro da Daslu e meu papel será de guardiã da essência da marca no processo de expansão. Estou feliz!”, diz Eliana, que deixa de ser acionista para se tornar a principal executiva. “O projeto de crescimento vai criar para cada loja uma identidade que
refl ete as cidades onde a marca se instalará, como o Rio.” 

E o que a Laep viu na Daslu? “Um ótimo negócio. A gente viu a força da melhor marca de varejo do Brasil”, diz Marcus. Para Eliana, a Laep viu na Daslu a maior marca de luxo do Brasil, reconhecida no mundo. “Viu o atendimento único, a maior taxa de conversão, o maior ticket médio do setor de moda do País, marca intacta em recursos humanos, estilo, relacionamento com clientes fiéis”, diz. “A Laep supre as necessidades de gestão e capital.”

Segundo Elias, que volta ao Brasil em março, a estratégia da Laep foi comprar créditos da butique e definir o quanto de recursos a Daslu
precisaria para se reaprumar.

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“O que vimos na Daslu? A força da
melhor marca de varejo do País”

Marcus Elias