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VIÇO
O método pode ser feito de várias formas.
É recomendado para rejuvenescer a face
e atenuar manchas e cicatrizes de acne

O procedimento estético mais realizado em consultórios do Brasil é o peeling, de acordo com pesquisa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Indicado para rejuvenescimento facial e suavização de manchas e marcas de acne, o método foi apontado por 49% dos 823 especialistas ouvidos como o tratamento de beleza mais procurado, seguido por opções de laser e luz intensa pulsada, botox e preenchimentos.

Peeling, em inglês, quer dizer descamação. E é exatamente esse o objetivo da técnica: fazer com que a pele se descame, abrindo o caminho para uma renovação intensa da cútis. Sua grande vantagem – e a razão de ter se tornado o campeão da beleza no País – é proporcionar visível melhora de forma rápida e sem exigir necessariamente que a pessoa passe muito tempo longe das atividades cotidianas. “Conseguimos resultados realizando peelings mais leves mais de uma vez”, explica o dermatologista Omar Lupi, um dos responsáveis pelo estudo. “Ninguém mais tem tempo para ficar em casa se recuperando de um procedimento agressivo”, completou.

O processo pode ser feito de maneira química, mecânica e a laser. Nos químicos, a descamação é induzida por substâncias químicas. As mais usadas são os ácidos retinoico, salicílico e glicólico e a resorcina. “Eles são bem tolerados e de baixa incidência de complicações”, afirma a dermatologista Dóris Hexsel, da PUC do Rio Grande do Sul. Nos mecânicos, é feita uma esfoliação mais leve, como no peeling de cristal (a microdermoabrasão), ou uma espécie de lixamento da pele, caso da dermoabrasão. Entre as opções a laser, está o de CO2 fracionado.

A paulistana Fabiana Amorim, 35 anos, voltou das férias, recentemente, com o rosto mais manchado pelo sol. Como é usuária do peeling químico, fez mais um para clarear a pele novamente. Passou cerca de cinco horas com uma mistura dos ácidos retinoico e salicílico. Sentiu ardência e viu a pele descamar alguns dias. Mas hoje comemora o resultado: “A pele muda para melhor”, diz. Tanta variação se reflete no preço, que vai de aproximadamente R$ 100 (de cristal) a R$ 6 mil (profundo, à base de fenol).

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USOS
Fabiana (acima) voltou da praia com algumas manchas provocadas pelo sol.
Após peeling com ácidos, teve a pele clareada. Abaixo, a esteticista
Blanch aplica o polêmico peeling vulcânico

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Os peelings superficiais, como o de ácido retinoico em concentração baixa, atingem a epiderme, a camada externa da cútis. “Eles são recomendados para todos os tipos de pele”, diz o dermatologista Adilson Costa, da PUC de Campinas. Os médios chegam à superfície da derme, incentivando a produção de colágeno (substância que dá firmeza à pele). Os profundos atingem a derme média. Só se apela a eles em casos mais drásticos – envelhecimento, manchas ou cicatrizes acentuadas.

Variáveis como tom da pele e tendência a manchas e queloides devem ser levadas em conta na hora da indicação do procedimento. Isso porque as complicações são raras, mas acontecem. Há risco de surgimento de manchas, justamente uma das coisas que se quer combater. “Por essa razão é preciso escolher com cuidado os profissionais”, diz a dermatologista Flávia Addor, coordenadora do Departamento de Cosmiatria da SBD.

Também a profusão de ofertas confunde os clientes. Há peelings de ouro, maçã, chocolate ou vulcânico, entre outros. “Os ácidos vulcânicos provêm da extração da lava sedimentada, proporcionando eficácia no tratamento despigmentante”, defende a esteticista Blanch Marie, de São Paulo, que trabalha com o vulcânico. A dermatologista carioca Paula Bellotti não aprova essas modalidades. “Qual é a comprovação científica disso? Como vai atuar? Pode causar no mínimo uma alergia”, diz. O ideal, como se vê, é ter uma boa conversa com o dermatologista antes de escolher o peeling mais adequado.

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