Em seu primeiro dia de aula na barreira de coral que cerca a cidade de Sydney, Austrália, Nemo briga com o pai, Marlín, e experimenta nadar sozinho até um barco. De repente, se vê capturado pelos ocupantes da embarcação que parte em disparada, para desespero de seu pai. Uma história comum, não fossem Nemo e Marlín peixes. Peixes-palhaços, por sinal, aqueles conhecidos Amphiprion clarkii de três listras, cuja existência em abundância não impede que Marlín seja desafiado a contar uma piada sempre que se apresenta. Animado digitalmente e cheio de tiradas bem-humoradas, Procurando Nemo (Finding Nemo, Estados Unidos, 2003), cartaz nacional na sexta-feira 4, pode ser considerado uma resposta à altura que a Pixar/Disney estava devendo para Shrek da arquiinimiga DreamWorks.

Escrita e dirigida pelo veterano Andrew Stanton, que esteve envolvido com Toy story, Vida de inseto e Monstros s.a, a história de Nemo – cujo grande desafio é sair do aquário onde foi aprisionado e voltar para o mar – tem tudo para se tornar um clássico. Das homenagens a Alfred Hitchcock, passando pelo “elenco” de apoio, encabeçado por Dory, um peixe-fêmea da espécie Bule tang, que sofre de amnésia, até o tubarão “em recuperação” Bruce, que frequenta um grupo de auto-ajuda para abandonar o vício de comer peixes.