Há dois anos, o pombo-correio Billy partiu da França. Sete horas depois deveria ter chegado à Inglaterra, onde nasceu. Mas Billy não chegou ao seu destino, desapareceu e foi considerado morto. Agora, passado tanto tempo, os seus treinadores John e Maria Warren receberam um telefonema: Billy foi localizado em Nova York. Está bem de saúde e foi enviado de volta à Inglaterra. Não voando por conta própria, mas sim de avião. ISTOÉ conversou com o biólogo Ronald Ranvaud, professor do Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biomédicas da USP.

ISTOÉ – O que houve?
Ranvaud
– O pombo deve ter se confundido ou se perdeu por causa do vento. Daí, deve ter pego carona pousando de navio em navio. Um pombo não consegue voar da França para Nova York.

ISTOÉ – Como os pombos se orientam?
Ranvaud
– Eles se guiam pela posição do Sol e, depois de treinados, retornam sempre ao local onde nasceram.

ISTOÉ – É raro um pombo se perder?
Ranvaud
– Não. Já encontrei no Ceará um pombo espanhol que também havia se perdido.