Assista a vídeo e relembre alguns filmes em que as máquinas acabam se voltando contra nós, seus pobres criadores:

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CONFRONTO
Ken Jennings, supercampeão do “Jeopardy”,
conhece seu adversário digital
 

Um cérebro eletrônico capaz de responder a qualquer pergunta em três segundos. Nesta semana, o mais novo supercomputador da IBM vai passar pelo teste mais difícil desde o início do seu desenvolvimento, há quatro anos. Watson, como é chamado – em homenagem ao fundador da gigante da tecnologia, Thomas J. Watson –, competirá com dois humanos no programa “Jeopardy”, famosa atração da tevê americana na qual os participantes disputam um jogo de perguntas e respostas – e ganham quantias em dinheiro cada vez que acertam.

Os adversários de Watson não poderiam ser mais habilitados. Um deles, Ken Jennings, já venceu 74 partidas seguidas do jogo entre 2004 e 2005 e faturou mais de US$ 2,5 milhões. O outro é Brad Rutter, maior vencedor na história do programa, tendo levado para casa mais de US$ 3,2 milhões ao longo de vários anos de competição. Caso Watson ganhe, o prêmio de, no máximo, US$ 1 milhão será totalmente destinado à caridade. Rutter e Jennings comprometeram-se a doar metade do que ganharem ao final da disputa.

A IBM impressionou o mundo em 1997, quando seu computador Deep Blue venceu o enxadrista russo Garry Kasparov, até hoje considerado o melhor jogador de xadrez da história. As questões que Watson terá de resolver, porém, serão muito mais complexas. A máquina de mais de US$ 30 milhões terá de cruzar dados sobre qualquer assunto – de esoterismo a cultura pop, por exemplo. “Watson ataca um problema com incontáveis aplicações no mundo real”, escreveu David Gelernter, professor de ciências da computação da Universidade de Yale, no diário americano “Wall Street Journal”.

Segundo David Ferrucci, chefe da equipe que desenvolve a máquina, uma das funções de Watson seria diagnosticar doenças, já que toda a literatura médica poderia ser armazenada no computador. Diferentes sintomas seriam cruzados com todas as possíveis variações de doenças para se chegar à resposta mais precisa possível. “Isso, de certa forma, existe mesmo em alguns sites e programas de computador, mas a interação entre médico e paciente ainda é fundamental”, diz André Pereira Neto, professor da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz. Ganhar US$ 1 milhão pode ser apenas o primeiro desafio para Watson.

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