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AMIGO FIEL O animal de estimação foi presente de um senador democrata às filhas de Obama, Sasha, 7 anos, e Malia, 10

"Sasha e Malia", disse o presidente dos Estados Unidos Barack Obama às filhas de 7 e 10 anos, em seu discurso de vitória, em novembro do ano passado. "Amo vocês e prometo que ganharão um cachorrinho para morar conosco na Casa Branca." O compromisso público tardou, mas finalmente se concretizou. Bo, um simpático cachorro preto e branco, de seis meses de idade, da raça cão d’água português, se mudou para a residência oficial dos Obama em Washington na terça-feira 14. O mascote foi um presente do senador democrata Edward M. Kennedy, entusiasta da raça e amigo da família.

A chegada de Bo encerra uma verdadeira banca de opostas promovida pela imprensa americana. Além do cão d’água português, um exemplar da raça labrador também estava no páreo. O presidente chegou a fazer piada sobre o assunto na sexta-feira 10, dizendo que o tema era "totalmente confidencial". Bo teria conquistado a família Obama durante uma visita secreta à Casa Branca, há algumas semanas, segundo o jornal Washington Post.

Mas a principal razão que motivou a escolha do cão d’água foram seus pelos, que quase não soltam – requisito fundamental para o convívio com Malia, que é alérgica.

Uma das raças mais antigas do mundo e ótimo mergulhador, o cão d’água era utilizado pelos navegadores portugueses para direcionar cardumes de peixes para as redes e na entrega de correspondências. Com o desenvolvimento da tecnologia náutica, esses cachorros foram aposentados e escassearam. Nos anos 70, eram apenas 25 no mundo. A raça foi salva pela americana Daynne Miller, que levou alguns de Portugal para os EUA, dando origem ao PWDCA – Portuguese Water Dog Club of America (Clube Americano de Cães d’Água Portugueses), responsável pela manutenção da raça no país, onde são populares. "Eles são apegados ao dono, gostam de brincar de bola e aprendem rápido", diz Stu Freeman, presidente do PWDCA. Os primeiros "exemplares" chegaram ao Brasil com a família real portuguesa, em 1808, mas são raros por aqui. Há registro oficial de apenas 32 animais e só um criador credenciado. O preço varia de R$ 4 mil a R$ 8 mil.

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Ao mesmo tempo que entrou para a história como o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, Obama dá seguimento a uma antiga tradição.

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Os três últimos chefes de Estado americanos tinham animais de estimação na residência oficial: George W. Bush (2001-2009), um gato e três cachorros; Bill Clinton (1993-2001), um felino e um cão, e George Bush pai (1989-1993), uma cadela.


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