Passado o Carnaval, começa o ano político de 2005. A comemoração dos 25 anos do PT veio com uma enxurrada de críticas saudosistas ao partido, comparando seu passado à sua atuação no poder. A base de sustentação do governo no Congresso está em alvoroço em meio às eleições dos novos líderes dos partidos aliados e à escolha dos novos presidentes da Câmara e do Senado, que serão figuras centrais na política, não só em 2005 como também no ano eleitoral de 2006. Os parlamentares entram agora em prontidão à espera da reforma ministerial. Partem ataques de todos os lados à política de juros altos, que, parece, não vão cair tão cedo. E a oposição – capitaneada pelo ex-governador do Rio Anthony Garotinho e pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – fala cada vez mais grosso. Ao contrário do que disse o presidente Lula, a conversa de bastidores no Palácio do Planalto e na cúpula do PT é outra: agora é que de fato começa a campanha eleitoral para 2006. Chegou a hora de o governo se redefinir. Vem aí um período de discussões intensas.