No programa Roda Viva, da TV Nacional, a prefeita Marta Suplicy quase chorou quando um telespectador perguntou por que ainda usava o sobrenome do ex-marido, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Acossada pelas pesquisas e com o “ex” em alta na preferência do eleitorado, Marta sente-se injustiçada pelo destino. O problema é que os homens de ouro do PT de São Paulo, quando se reuniram no final de junho para discutir a estratégia do partido junto ao governo, fizeram questão de excluir o senador da conversa. Na cabeça de Lula e seu núcleo duro petista, Suplicy não
deve ganhar a legenda para a candidatura ao Senado. O bolo vai ser dividido
entre José Genoino, João Paulo Cunha, Aloizio Mercadante e José Dirceu.
Um deles sairá para governador e o outro fica na vaga do Senado. Ou seja, a cúpula do PT combina o assassinato de Suplicy, mas corre atrás dele para que dê demonstrações públicas de apreço pela ex-mulher a fim de livrar a barra dela no eleitorado feminino e, por tabela, salvar o PT nacional na disputa regional. Resta saber se o senador vai aceitar.